Rússia tem que deixar a Venezuela, diz Trump durante encontro com esposa de Guaidó

Rússia tem que deixar a Venezuela, diz Trump durante encontro com esposa de Guaidó

Na reunião, Washington condenou ataques sofridos pelo opositor de Maduro na terça-feira

AFP

Washington condenou ataques sofridos por Guaidó, que foram denunciados por sua esposa

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O presidente Donald Trump afirmou nesta quarta-feira que a Rússia deve deixar a Venezuela depois de ter enviado no fim de semana aviões cargueiros transportando equipamentos militares. "A Rússia deve partir", declarou Trump, ao receber na Casa Branca Fabiana Rosales, esposa de Juan Guaidó, chefe da oposição reconhecido por mais de 50 países como presidente interino da Venezuela.

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Trump insistiu que "todas as opções estão na mesa" para pressionar pela saída de Maduro, uma frase que vem se repetindo há meses quando questionado sobre uma possível intervenção dos EUA na Venezuela, mas desta vez pronunciada com grande ênfase. "Eles estão sob muita pressão agora, não têm dinheiro, não têm petróleo, não têm nada. Não têm eletricidade", disse Trump sobre a Venezuela, atingida por um grande apagão desde segunda-feira, logo após a pior falha de energia de sua história, que durou quase uma semana. "Além da (pressão_ militar, não se pode ter mais pressão do que se tem... Todas as opções estão abertas", disse.

Rosales foi recebida no Salão Oval como a "primeira-dama da Venezuela", no âmbito dos esforços de Trump para apoiar Guaidó, que na qualidade de chefe parlamentar invocou a Constituição em 23 de janeiro para declarar-se presidente, a fim de liderar um governo de transição e organizar novas eleições. "Estamos com você 100%", disse Trump a Rosales, formada em comunicação social, de 26 anos.

A esposa de Guaidó, que na quinta-feira se reunirá em Mar-a-Lago, na Flórida, com a primeira-dama americana, Melania Trump, destacou a gravidade da situação em seu país. "A Venezuela está passando por uma crise muito séria", disse ela, atribuindo a morte de crianças à falta de luz, de comida e de remédios em decorrência da "terrível ditadura" de Maduro. "Temo pela vida de meu marido", acrescentou Rosales, ao denunciar um "ataque" contra Guaidó no dia anterior, bem como o "sequestro" na semana passada de seu chefe de gabinete, Roberto Marrero, preso pelos agentes de inteligência de Maduro. entre outras ações de assédio para o círculo mais próximo do líder da oposição.

Na terça-feira, a caravana em que Guaidó viajava em Caracas foi atacada ao deixar a sessão da Assembleia Nacional (Parlamento), uma ação condenada por Washington, que disse estar atento à ação das "gangues armadas e ilegais de Maduro conhecidas como coletivos".


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