Raúl Castro alerta sobre "retrocesso" na relação Cuba-EUA no governo Trump
Presidente cubano reprovou nova política que restringe viagens de americanos à Ilha
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Dias antes do segundo aniversário da reabertura da embaixada cubana em Washington, em 20 de julho, Castro reprovou diante do Parlamento a nova política de Trump, que restringe as viagens de americanos à Ilha e proíbe negociar com empresas administradas por militares cubanos.
Trump freou a histórica aproximação iniciada por seu antecessor, Barack Obama, em um discurso realizado no dia 16 de junho passado, em um teatro de Miami, onde estava rodeado por anticastristas. O presidente qualificou então de "brutal" o governo comunista de Cuba, apoiou a dissidência e condicionou os progressos na relação a concessões em matéria de direitos humanos.
Segundo Castro, as novas medidas representam um endurecimento do embargo contra a Ilha, vigente desde 1962, e estão permeadas de "uma retórica velha e hostil própria da Guerra Fria". O líder cubano denunciou "a manipulação" que se exerce sobre Cuba em relação ao tema das garantias fundamentais: "Cuba tem muito do que se orgulhar pelos sucessos alcançados e não precisa receber lições dos Estados Unidos ou de ninguém". "Qualquer estratégia que pretenda destruir a Revolução, seja mediante coerção, pressões ou métodos sutis, fracassará", prometeu.
Mas Castro reafirmou sua disposição de prosseguir com um "diálogo respeitoso" e com a negociação dos assuntos "bilaterais pendentes sobre a base da igualdade" e do reconhecimento "da soberania e da independência do nosso país".