Rainha Elizabeth II completará 90 anos sem perder a popularidade

Rainha Elizabeth II completará 90 anos sem perder a popularidade

Monarca celebrará aniversário nesta quinta-feira com eventos públicos

AFP

Rainha Elizabeth II completa 90 anos sem perder a popularidade

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A rainha Elizabeth II celebra nesta quinta-feira seu 90º aniversário com uma reunião familiar, um bolo confeitado por uma
estrela da TV e desfrutando da mesma popularidade de quase sempre. Ela reina por mais de 63 anos e não mostra sinais de querer se aposentar, apesar de, nos últimos anos, ter delegado parte de suas funções a membros mais jovens da família real.

Uma nova pesquisa sugere que o público britânico quer que as coisas continuem como estão, e 70% acreditam que deveria reinar o maior tempo possível, o maior percentual registrado desde 1981.  O apoio à monarquia continua sendo elevado, com 76% de aceitação, segundo pesquisa da Ipsos-Mori para o King's College de Londres.  "A rainha é muito popular, agrada pessoalmente e o povo opina que fez um excelente trabalho", afirmou Roger Mortimore, professor no Instituto de
História Contemporânea britânica da prestigiosa universidade.

As celebrações de quinta-feira serão discretas: os principais eventos públicos, incluindo um desfile militar e um almoço para 10 mil pessoas no Mall, a longa avenida diante do palácio de Buckingham, terão de esperar até junho pela festa oficial do
aniversário. Mesmo assim, a rainha receberá uma torta confeitada por Nadiya Jamir Hussain, a popular vencedora do reality "The Great British Bake Off", um concurso televisivo de confeitaria. "Estou tão nervosa que sequer posso olhar para forno", confessou Hussain, que apresentará pessoalmente o bolo à rainha.

Elizabeth, à frente de quatro gerações da Casa de Windsor, presidirá um jantar de aniversário em família, organizado por seu herdeiro, o príncipe Charles.  Charles e seu filho William estão cada vez mais assumindo funções da rainha, apesar de, em 2015, ela ter participado de 341 compromissos, incluindo visitas ao Estado a Malta e Alemanha.  William, que, com sua esposa, Catherine, e seus dois filhos pequenos deu uma nova energia à família real, prestou homenagem à matriarca, a quem ele e seu irmão Harry chamam de "a chefe". "Sou incrivelmente afortunado por ter minha avó em minha vida. À medida que se aproxima dos 90, tem uma energia extraordinária", disse.  

Almoço com Obama

A rainha viu 12 primeiros-ministros em Downing Street desde chegou ao trono em 1952, reunindo-se uma vez por semana com eles, além de receber informações diárias das atividades do Parlamento.  O primeiro-ministro conservador David Cameron prestará homenagem à monarca no Parlamento, enquanto o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, também apresentará seus respeitos quando almoçar com ela na sexta-feira, em Windsor.

Em setembro do ano passado, a rainha quebrou o recorde da rainha Vitória e se tornou a/o monarca britânica/o com mais tempo no trono. A rainha é amplamente considerada uma presença constante e estabilizadora neste mundo turbulento, uma percepção que cultiva ao se recusar a tornar públicas suas opiniões pessoais. Sua determinação de se distanciar da política se viu sob pressão à medida que se aproxima o referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia, em 23 de junho, como já aconteceu com o referendo de independência da Escócia.

Dessa forma, um jornal, The Sun, publicou a manchete "A rainha apoia a saída da UE", com base em declarações anônimas que asseguram ter ouvido há anos um comentário desfavorável ao bloco europeu. A manchete resultou num pouco frequente desmentido do palácio de Buckingham, que recordou que a rainha sempre foi e sempre será politicamente neutra.


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