Reconhecimento russo de separatistas viola soberania ucraniana, diz Zelensky

Reconhecimento russo de separatistas viola soberania ucraniana, diz Zelensky

Volodimir Zelensky exigiu apoio do Ocidente e assegurou que a Ucrânia não tem "medo de nada, nem de ninguém"

AE

Tensão entre países avançou nesta segunda-feira

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez um pronunciamento nesta segunda-feira, ao país relativo à recente crise envolvendo a Rússia. "Não vamos dar nada a ninguém", afirmou o líder, dizendo que "estamos na nossa própria terra". Segundo Zelensky, "não temos medo de ninguém nem de nada" e a verdade está do seu lado. De acordo com o presidente, o objetivo é a paz na Ucrânia.

O líder mencionou ainda uma série de contatos realizados hoje com líderes globais. Entre eles, as conversas com o presidente da França, Emmanuel Macron, o chanceler alemão, Olaf Sholz, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e o presidente da Turquia, Recep Erdogan.

Putin reconhece regiões separatistas pró-Rússia na Ucrânia

Mais cedo, presidente russo, Vladmitir Putin, assinou um decreto no qual reconhece as regiões separatistas pró-Rússia no território leste da Ucrânia. A atitude do mandatário russo legitima as repúblicas autoproclamadas de Donetsk e Lugansk, apesar da opinião contrária da comunidade internacional.

"Considero necessário tomar esta decisão, que amadureceu há muito tempo: reconhecer imediatamente a independência da República Popular de Donetsk e da República Popular de Lugansk", afirmou Putin em discurso, enquanto solicitava ao Parlamento russo a aprovação desta decisão.

Os Estados Unidos reagiram com sanções às regiões. O presidente Joe Biden emitirá uma ordem executiva para "proibir novos investimentos, comércio e financiamento de pessoas dos EUA para, de ou nas chamadas regiões DNR e LNR da Ucrânia", disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki.

A ordem "fornecerá autoridade para impor sanções a qualquer pessoa determinada a operar nessas áreas da Ucrânia", disse Psaki, acrescentando que as medidas são separadas das sanções ocidentais mais amplas prontas para serem aplicadas "caso a Rússia invada ainda mais a Ucrânia".

 


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