Regulador dos EUA ordena revisão de aviões Boeing MAX 9 após explosão de janela

Regulador dos EUA ordena revisão de aviões Boeing MAX 9 após explosão de janela

Dezenas de aeronaves precisam ficar no solo até fiscalização de segurança ser concluída

AFP

Boeing 737 MAX 9 da Alaska Airlines, similar ao avião que sofreu avaria em janela

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O regulador de segurança aérea dos Estados Unidos informou que vai imobilizar alguns aviões Boeing 737 MAX 9 para serem submetidos a uma inspeção, a partir deste domingo. Há mais anúncios de companhias aéreas que deixaram seus aviões no solo, depois de um aparelho ter perdido uma janela em pleno voo. Recentemente, dois acidentes com o MAX 8, em 2018 e 2019, deixaram 346 mortos e também provocaram suspensões de uso.

A agência reguladora informou que esta diretiva afeta cerca de 171 aeronaves em todo o mundo e que cada inspeção demorará entre quatro e oito horas. Alaska e United Airlines são as companhias aéreas que possuem o maior número de MAX 9.

Outras companhias aéreas, como Icelandair, Turkish Airlines, Aeromexico e Copa possuem frotas menores dessas aeronaves. O voo 1282 da Alaska Airlines descolou de Portland, na costa oeste dos Estados Unidos, na sexta-feira, e enquanto estava no ar uma das janelas explodiu e a cabine perdeu pressão. O incidente obrigou o avião que transportava 177 passageiros a voltar ao aeroporto. Imagens publicadas nas redes sociais mostraram uma janela quebrada e máscaras de oxigênio penduradas no teto do aparelho.

Kyle Rinker, passageiro do voo afetado pelo incidente, disse à CNN que a janela explodiu logo após a decolagem. Outra passageira, Vi Nguyen, disse ao The New York Times que acordou com um estrondo.

"Abri os olhos e a primeira coisa que vi foi a máscara de oxigênio bem na minha frente", disse Nguyen ao jornal norte-americano. "Olhei para a esquerda e o painel lateral do avião sumiu", explicou.

Segundo o site FlightAware, o Boeing 737 Max 9 decolou às 17h07min, com destino a Ontário, e retornou ao aeroporto de Portland cerca de vinte minutos depois. O avião foi certificado em outubro, de acordo com registros da FAA disponíveis online.

A Boeing entregou cerca de 218 aeronaves 737 MAX 9 em todo o mundo até o momento, disse a empresa à AFP. "A segurança é a nossa principal prioridade e lamentamos profundamente o impacto que este evento teve sobre os nossos clientes e seus passageiros", afirmou em comunicado. "Uma equipe técnica da Boeing está a apoiando a investigação" das autoridades sobre o ocorrido, acrescentou.

Companhias afetadas

A Alaska Airlines, que suspendeu todas as suas aeronaves desse modelo, informou no sábado que mais de um quarto de sua frota Max 9 já foi inspecionada, sem nenhuma irregularidade relatada.

A United Airlines, que possui a maior frota mundial de 737 MAX 9, indicou que deixou 46 aviões no solo e que 33 já foram verificados.

A Aeroméxico suspendeu todas as suas aeronaves desse modelo e a Copa Airlines anunciou que imobilizou 21 aeronaves. A Turkish Airlines anunciou neste domingo que havia imobilizado cinco aeronaves de sua frota. A Icelandair afirmou que nenhum de seus 737 MAX 9 apresenta a configuração de aeronave especificada na ordem de imobilização da FAA.


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