Relatório da ONU afirma que governo da Síria realizou ataque químico contra civis

Relatório da ONU afirma que governo da Síria realizou ataque químico contra civis

Bomba lançada por avião, a mando de Bashar Al-Assad, deixou mais de 80 mortos

AFP

Bomba lançada por avião, a mando de Bashar al-Assad, deixou mais de 80 mortos

publicidade

Um relatório da ONU, divulgado nesta quinta-feira, determinou que o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, foi o responsável por um ataque com gás sarin na Síria que deixou mais de 80 mortos em abril. O painel conjunto da ONU e a Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) indicaram que o "sarin foi lançado por meio de uma bomba aérea jogada de um avião".

O grupo de especialistas "está certo de que a República Árabe da Síria é responsável pelo lançamento de sarin em Khan Sheikhun em 4 de abril de 2017", diz o documento. Mais de 80 pessoas morreram no ataque químico na província de Idleb, no nordeste da Síria.

As imagens de horror, divulgadas após o ataque, causaram indignação na comunidade internacional e levaram os Estados Unidos a lançarem mísseis contra uma base aérea de onde teria sido lançado o ataque. No mês passado, investigadores da ONU afirmaram ter evidências de que a força aérea síria estava por atrás do ataque mortal com sarin, apesar dos reiterados desmentidos de Damasco.

O relatório da ONU foi emitido dois dias depois que a Rússia vetou um projeto de resolução apresentado pelos Estados Unidos para ampliação da investigação sobre quem estaria por trás dos ataques químicos. A Rússia, aliada da Síria, sustenta que o ataque com sarin foi causado principalmente por uma bomba desativada em solo e não produto de um ataque aéreo do exército.

O relatório destaca também que militantes do grupo Estado Islâmico usaram gás mostarda em um ataque na localidade de Um Hosh, na região de Aleppo, em setembro de 2016. A embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, comemorou as conclusões relatadas no documento e disse que o Conselho de Segurança deve enviar uma "mensagem clara" de que o uso de armas químicas não será tolerado. "O Conselho de Segurança deve enviar uma mensagem clara de que o uso de armas químicas por quem for não será tolerado e deve apoiar totalmente o trabalho de investigadores imparciais".

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895