Saída de Moro do governo ganha destaque na mídia americana e América Latina

Saída de Moro do governo ganha destaque na mídia americana e América Latina

Ex-ministro anunciou saída do Ministério da Justiça nesta sexta-feira

AE

No Chile, o La Tercera destaca os "desencontros" entre Bolsonaro e Moro no governo

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A saída de Sergio Moro do governo Jair Bolsonaro repercute também no exterior. Reportagem da revista americana Forbes, focada no mundo dos negócios, destaca a queda da bolsa brasileira em meio ao pedido de demissão do agora ex-ministro da Justiça e Segurança Pública.

No texto, a publicação afirma que o governo de Jair Bolsonaro "acabou de perder sua maior estrela", que "alcançou a fama" como juiz responsável pelas investigações da corrupção da Petrobras, e que "levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à cadeia e Jair Bolsonaro à presidência do Brasil".

A Forbes explica que Moro está deixando o governo por não concordar com a saída do chefe da Polícia Federal – a "versão brasileira do FBI" – já que Bolsonaro quer "mais controle sobre essa divisão", ideia não aprovada por Moro. A revista destaca que o agora ex-ministro "sinalizou que Bolsonaro estava interferindo em investigações".

A rede americana ABC News também comentou o episódio. "Moro supervisionou uma grande investigação sobre corrupção, que expôs bilhões em propinas e terminou na prisão de muitos empresários e políticos poderosos, incluindo o ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva", relembra.

Na Argentina, o Clarín traz em sua página principal o destaque sobre o Brasil, "um símbolo da Lava Jato: renuncia o ministro Sérgio Moro em confronto com Jair Bolsonaro". O La Nación, também traz a foto de Bolsonaro e Moro na primeira página do site, com a manchete "Crise: super ministro renuncia e faz duras acusações contra Bolsonaro".

No Chile, o La Tercera destaca os "desencontros" entre Bolsonaro e Moro e a tentativa do presidente brasileiro de "interferir na Polícia Federal".

No Uruguai, o El País ressalta as críticas de Sergio Moro ao presidente brasileiro e "as pressões políticas não apropriadas" de Bolsonaro para "proteger os filhos". O jornal cita a investigação contra Flávio Bolsonaro no Rio de Janeiro.


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