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Especial

Saiba quem era Navalny, principal opositor de Putin que morreu na Rússia

Ex-advogado estava condenado a 19 anos por “extremismo”

| Foto: Maxim Zmeyev / AFP / CP

Alexei Navalny, opositor russo e principal adversário do Kremlin, morreu nesta sexta-feira (16) na prisão do Ártico em que cumpria uma pena de 19 anos de prisão, informou o serviço penitenciário.

Navalny, um ativista anticorrupção e grande inimigo do presidente Vladimir Putin, cumpria pena de 19 anos de prisão por "extremismo". Desde o início da campanha militar russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, a maioria dos opositores que não fugiram do país foram presos ou estão sendo processados, principalmente por terem denunciado o conflito.

O opositor de 47 anos foi detido em janeiro de 2021 ao retornar à Rússia, depois de se recuperar na Alemanha de um envenenamento que, segundo ele, foi planejado pelo Kremlin. Navalny tinha desaparecido no início de dezembro da colônia penitenciária da região de Vladimir, a 250 quilômetros de Moscou.

Navalny se tornou uma figura importante da oposição a Putin a partir de 2011. Ele ganhou fama ao satirizar a elite de Putin e fazer acusações de corrupção. Ele ainda liderou um movimento contra Putin que levou milhares de pessoas às ruas do país.

Em 2018, milhares de pessoas protestaram em toda a Rússia contra a eleição na qual o atual presidente, Vladimir Putin, foi eleito pela quarta vez. A "greve de eleitores" foi convocada por Nalvanay, proibido de disputar a eleição. Navalny chegou a anunciar sua candidatura presidencial, em 2016, que acabou não se concretizando.

Navalny estava detido em uma prisão de "regime especial". Estas casas prisionais têm as condições mais rígidas de prisão do sistema carcerário russo e estão frequentemente localizadas em regiões muito isoladas.

Críticas à guerra

A prisão não abalou sua determinação. Nas últimas audiências e nas últimas mensagens publicadas em suas redes sociais por meio dos advogados, Navalny não deixou de criticar Putin, que descreveu como um "avô escondido em um bunker", já que o presidente russo pouco aparece em público.

No processo por "extremismo", ele criticou a "guerra mais estúpida e mais insensata do século XXI", ao falar sobre ofensiva russa na Ucrânia.

Nas mensagens divulgadas nas redes sociais, ele ironizava as humilhações que sofria nas mãos dos agentes penitenciários.

No dia 1º de fevereiro, sua equipe publicou uma mensagem na qual convocava uma manifestação na Rússia para as eleições presidenciais de 15 a 17 de março, que provavelmente conduzirão Putin a um novo mandato.

A vitória do presidente russo parece um fato consumado, já que os rivais, dos quais Navalny era o de maior destaque, estão presos ou no exílio. E a repressão aumentou desde o início da ofensiva de Moscou contra a Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.

AFP