Se democratas querem nos investigar na Câmara, podemos agir no Senado, diz Trump

Se democratas querem nos investigar na Câmara, podemos agir no Senado, diz Trump

Declaração do presidente ocorre um dia depois das eleições no país terem terminado em parte com o domínio republicano

AE e AFP

Com vitória na Câmara, democratas poderão aprofundar investigações contra Trump

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou a oposição do Partido Democrata, após a eleição desta terça-feira terminar com o domínio republicano na Câmara dos Representantes. Segundo Trump, caso os democratas queiram abrir investigações contra seu governo na Câmara, pode haver retaliação no Senado, que continuou sob comando da situação republicana.

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"Se os democratas querem desperdiçar dinheiro do contribuinte nos investigando na Câmara, então seremos forçados a avaliar investigá-los por todos seus vazamentos de informação secreta, e muito mais, no Senado", afirmou Trump em sua conta no Twitter.


Os democratas assumiram o controle da Câmara de Representantes, surfando na indignação contra Trump e na promessa de proteger a cobertura da saúde, sem, contudo, transformar em "onda" o movimento de contestação. Eles estão prestes a tomar pelo menos 27 assentos dos republicanos, incluindo quatro na Pensilvânia, mas também na Flórida, Colorado, Kansas, Nova Jersey, Nova York e Virgínia.

Já no Senado, os republicanos reforçam sua maioria, ganhando, de acordo com a imprensa americana, pelo menos 51 assentos. Favorecidos por um mapa eleitoral vantajoso, ocuparam vários assentos dos democratas. Eles foram forçados a defender dez assentos em estados pró-Trump. Resistiram na Virgínia Ocidental e em Nova Jersey, mas perderam no estado-chave de Indiana, no Missouri e na Dakota do Norte, terras conservadoras.

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Embora a "onda azul" anti-Trump não tenha-se concretizado, a perda de domínio na Câmara complica suas perspectivas. Com esta vitória, os democratas poderão não apenas bloquear iniciativas do presidente, como investigar suas finanças e se aprofundar na apuração da suspeita de conluio entre sua equipe de campanha e a Rússia em 2016, aumentando a possibilidade de que se inicie um processo de impeachment contra ele.

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