"Sequestraram meu chefe de gabinete", afirma Guaidó
Roberto Marrero foi levado por agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional
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O líder opositor e jurado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, denuncionou nesta quinta-feira que profissionais do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional invadiram a casa de seu chefe de gabinete, Roberto Marrero, e de seu vizinho, o deputado Sergio Vergara durante a madrugada, prendendo o primeiro. "Sequestraram Roberto Marrero, meu chefe de gabinete. Ele denunciou em voz alta que plantaram (em sua casa) dois fuzis e uma granada. A operação começou por volta das 2h. Desconhecemos seu paradeiro. Deve ser liberado imediatamente", escreveu em sua conta no Twitter.
Secuestraron a @ROBERTOMARRERO, jefe de mi despacho. El denunció a viva voz que le sembraron dos fusiles y una granada, se lo dijo al diputado @SergioVergaraG, su vecino. El procedimiento comenzó a las 2 am aprox. Desconocemos su paradero. Debe ser liberado de inmediato.
— Juan Guaidó (@jguaido) March 21, 2019
Conforme Vergara, os agentes estavam munidos de dois rifles e uma granada durante a ação e chegaram às residências em dez veículos. Ele também afirmou que mais de 40 funcionários do Sebin entraram nas casas e ficaram por mais de três horas. Segundo os opositores, os policiais derrubaram portas para entrar nas casas. O motorista de Vergara, Luis Aguilar, também foi preso por autoridades. "Infelizmente chegaram a mim. Sigam lutando. Não parem. Cuidem do presidente", disse Marrero em uma gravação telefônica antes de ser detido.
Ela ainda disse ante a comunidade internacional que o regime chavista violou sua imunidade parlamentar e pediu a Michelle Bachelet, alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que exija a libertação de Marrero, "sequestrado pelo Sebin", segundo ele. Os deputados Winston Flores e Carlos Berrizbeitia foram à casa de Marrero. "A única pessoa responsável pela vida e integridade física de Roberto Marrero é Nicolás Maduro e o ministro da Defesa (Vladimir Padrino López)", disse Berrizbeitia.
Em nome do governo da Colômbia, o chanceler Carlos Holmes Trujillo criticou a ação contra os opositores e pediu à comunidade internacional que exija respeito à liberdade, à vida e à integridade dos opositores venezuelanos. Marrero e Vergara acompanharam Guaidó na viagem que o líder opositor fez pela América Latina para obter apoio em seus esforços para tirar Nicolás Maduro do poder.