Sete golpes de Estado em três anos na África

Sete golpes de Estado em três anos na África

Mais recente golpe ocorreu no Gabão

AFP

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A África foi testemunha de sete golpes de Estado desde agosto de 2020, o mais recente deles o desta quarta-feira (30) no Gabão.

Níger

Em 26 de julho de 2023, os militares anunciaram que derrubaram o presidente Mohamed Bazoum. O general Abdourahamane Tiani se tornou o novo homem forte do país.

A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) anunciou, em 10 de agosto, a intenção de enviar uma força regional para "restabelecer a ordem constitucional", enquanto continua privilegiando a via diplomática.

Os militares propõem um período de transição de "três anos" até devolver o poder aos civis.

Burkina Faso: dois golpes em 8 meses

Em 24 de janeiro de 2022, o presidente Roch Marc Christian Kaboré foi expulso do poder pelos militares. O tenente coronel Paul Henri Sandaogo Damiba se tornou presidente em fevereiro.

Em 30 de setembro, Damiba foi destituído pelos militares e o capitão Ibrahim Traoré foi nomeado presidente de transição até as eleições presidenciais, previstas para julho de 2024.

Sudão

Em 25 de outubro de 2021, os militares liderados pelo general Abdel Fatah al Burhan expulsaram os líderes civis de transição, que supostamente lideravam o país para a democracia depois de 30 anos de ditadura de Omar al Bashir, destituído em 2019.

Desde 15 de abril de 2023, uma guerra provocada por uma luta de poder entre o general Burhan e seu ex-número dois Mohamed Hamdan Daglo causou ao menos 5.000 mortos no país.

Guiné

Em 5 de setembro de 2021, o presidente Alpha Condé foi deposto por um golpe militar. Em 1º de outubro, o coronel Mamady Doumbouya tornou-se presidente.

Os militares prometeram devolver o poder aos civis eleitos até o final de 2024.

Mali: dois golpes de Estado em 9 meses

Em 18 de agosto de 2020, o presidente Ibrahim Boubacar Keita foi deposto por militares e em outubro se formou um governo de transição.

Mas em 24 de maio de 2021, os militares prenderam o presidente e o primeiro-ministro.

Em junho, o coronel Assimi Goita tomou posse como presidente de transição.

A junta se comprometeu a devolver o poder aos civis depois das eleições, previstas para fevereiro de 2024.


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