Situação no Suriname caminha para normalidade, informa Embaixada do Brasil no país

Situação no Suriname caminha para normalidade, informa Embaixada do Brasil no país

Quatro brasileiros feridos são mantidos sob observação médica e estão internados

Agência Brasil

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Depois das tensões dos últimos dias no Suriname, a Embaixada do Brasil em Paramaribo informou que o clima no país vizinho é de normalidade. Uma equipe, chefiada pelo embaixador brasileiro no país vizinho, José Luiz Machado e Costa, e mais três funcionários do Itamaraty, percorre desde a manhã de hoje hospitais e hotéis onde há brasileiros. A ideia é reunir informações e apurar os detalhes para colaborar nas investigações sobre o conflito que feriu 14 brasileiros e matou sete pessoas na região.

Por enquanto, quatro brasileiros feridos são mantidos sob observação médica e estão internados em hospitais do Suriname. Na noite de Natal, cerca de 200 garimpeiros entre brasileiros e chineses foram atacados na região da cidade de Albina, a 150 quilômetros da capital do Suriname. As tensões entre os quilombolas ou os chamados “maroni” ou “marrons” do Suriname – na região fronteiriça com a Guiana Francesa - são permanentes.

Ontem, o Ministério de Relações Exteriores informou, por meio de nota, que “não houve comprovação de mortes de brasileiros”. Porém, há suspeitas de que entre os mortos havia brasileiros. A dificuldade é causada pelo fato de muitos dos brasileiros que vivem no país vizinho não terem documentos.

A região de Albina é um dos principais focos de exploração de garimpo. Em todo Suriname, vivem cerca de 15 mil brasileiros – a maioria sem documentação. De acordo com diplomatas, os habitantes do Suriname reclamam que os estrangeiros, mesmo sem documentos legais e sem pagar impostos, usufruem de benefícios no país.

No entanto, há suspeitas de que o conflito tenha sido provocado por um suposto assassinato atribuído a um brasileiro que viveria na região de Albina. Oficialmente, essa versão é negada pelo governo brasileiro, mas a informação é investigada da polícia do Suriname.

Hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o secretário-geral do Itamaraty, Antonio Patriota, e conversou com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon. Durante a conversa, ele foi informado que a polícia do Suriname identificou e recolheu 22 suspeitos de participação no ataque aos brasileiros.

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