Sobe para 10 o número de mortos em atentado na Colômbia
Explosão de carro bomba em academia militar deixou outros 65 feridos
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O suposto autor foi identificado pelo Ministério Público como José Aldemar Rojas Rodríguez, que entrou às 9h30min em uma caminhonete cinza Nissan Patrol na Escola de Oficiais General Francisco de Paula Santander. Embora tudo indique que o homem morreu no ataque, autoridades não fizeram a confirmação ou ligaram seu ato a algum dos grupos armados que ainda operam na Colômbia, financiados pelo narcotráfico.
Este "ato terrorista insano não ficará impune, os colombianos jamais se submetem ao terrorismo, sempre o derrotamos, esta não será a exceção", disse o presidente Iván Duque em declaração à imprensa ao lado do procurador-geral, Néstor Humberto Martínez. Duas equatorianas estão entre as vítimas, a cadete Erika Chicó, que morreu, e Carolina Sanango, que sofreu ferimentos leves.
O veículo, que, segundo o MP, tinha passado por uma revisão em julho de 2018 em Arauca (fronteira com a Venezuela), explodiu durante uma cerimônia de promoção de oficiais e cadetes. "Ouvi como se o céu tivesse caído na minha cabeça. Foi uma explosão muito grande e, quando saí, havia muita fumaça", disse Rocío Vargas, vizinha do local.
Segundo relatos da polícia, um cão farejador detectou os explosivos. Quando foi descoberto, Rojas acelerou o carro e atropelou um policial. Três militares foram atrás do veículo que, segundos depois, explodiu.
Esse é o pior ato de terror na capital colombiana desde fevereiro de 2003, quando os rebeldes do atual partido Farc detonaram um carro-bomba no clube El Nogal. Trinta e seis pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.