Socialistas apresentam moção de censura contra governo de Rajoy
Líderes socialistas examinam iniciativa em uma reunião em Madri
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Previsivelmente, o candidato para substituir Rajoy como chefe de Governo será Pedro Sánchez, líder do PSOE, que atualmente não é deputado na Câmara Para isto, a moção precisa do apoio de 176 deputados de um total de 350, uma maioria difícil de alcançar por uma oposição muito dividida. Os socialistas deram o passo adiante um dia depois do anúncio das condenações do caso conhecido como "trama Gürtel", um sistema pelo qual entre 1999 e 2005 dirigentes do PP foram subornados em várias regiões da Espanha para conceder contratos públicos a empresas "amigas".
A Audiência Nacional, tribunal competente para casos de corrupção, condenou 29 pessoas a um total de 351 anos de prisão. Os dois principais responsáveis pela trama, o ex-tesoureiro do PP Luis Bárcenas e o empresário Francisco Correa, foram condenados a 33 anos e 4 meses e a 51 anos e 11 meses de prisão, respectivamente. A decisão confirmou a existência de um "caixa 2" na sigla, "uma estrutura financeira e contábil paralela à oficial existente ao menos desde o ano 1989".
Na sentença, a Audiência Nacional condenou ainda o PP a pagar 245.492 euros como "partícipe a título lucrativo" da trama do chamado caso "Gürtel". O partido prometeu recorrer contra a decisão. Para destituir Rajoy, o PSOE tem o apoio do partido radical de esquerda Podemos, mas para alcançar a maioria necessária também precisaria do respaldo improvável do Cidadãos, um partido de centro-direita que acaba de aprovar os orçamentos do governo do PP.
A alternativa ao apoio do Cidadãos seria o suporte dos nacionalistas bascos e catalães, uma opção que muitos consideram ruim dentro do PSOE, um partido que apesar de sua oposição ao PP se mostra firma contra o separatismo na Catalunha.