Strauss-Kahn afirma ser vítima de assédio midiático
Ex-presidente do FMI lamentou presença de fotógrafos na sua casa a cada dois dias
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Strauss-Kahn reiterou que foi envolvido "sem razão" em um caso de proxenetismo na França e acrescentou que "as obrigações do processo civil" em Nova Iorque iniciado contra ele por Nafissatou Diallo - camareira que o acusou de estupro - o impedem de dizer a verdade.
"Nunca fui condenado, nem neste país ou em nenhum outro. Em consequência, nada justifica que tenham me transformado em objeto de um assédio midiático que, às vezes, se parece com uma caça humana", afirmou Strauss-Kahn.
"Já não sou mais um político, mas tampouco sou uma 'estrela do escândalo'", disse, antes de lamentar que um fotógrafo apareça em sua casa a cada dois dias.
Sobre o caso do hotel Carlton de Lille (Norte da França), no qual está sob investigação judicial por proxenetismo com agravante em grupo organizado, Strauss-Kahn reitera os argumentos de sua defesa e alega que nunca pisou no hotel.
"A realidade é que um de meus amigos organizava festas nas quais participava. Já disse e vou repetir que não sabia que algumas mulheres eram pagas para estar ali", afirmou.
Caso provocou desistência de candidatura
Em 2011, DSK estava perto de virar o principal candidato da esquerda à eleição presidencial de 2012, quando as acusações de tentativa de estupro em Nova Iorque provocaram sua detenção e o obrigaram a renunciar a sua candidatura. Desde então, o processo penal foi arquivado, mas ainda está em curso uma ação na justiça civil.