Strauss-Kahn não tem imunidade, afirma FMI
Diretor é acusado de tentativa de estupro e está preso em Nova Iorque
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Em algumas circunstâncias, o diretor-gerente do FMI pode pedir imunidade contra processos, quando os casos estiverem ligados a negócios da instituição. O FMI disse repetidas vezes que Strauss-Kahn estava em Nova Iorque por conta de negócios privados e pessoais, e não a pedido da instituição.
O conselho de diretores do FMI se reuniu na segunda-feira para discutir a situação legal de Strauss-Kahn, mas Murray declarou em comunicado que o encontro foi puramente informativo. Os diretores-executivos da instituição não discutiram qualquer ação sobre o futuro do diretor-gerente. Inúmeros funcionários com conhecimento do assunto afirmaram que estavam à espera de mais informações sobre o caso antes de decidir como proceder.
De acordo com a polícia e os procuradores americanos, Strauss-Kahn estava hospedado em uma suíte de 3 mil dólares a diária no 28º andar do hotel Sofitel, localizado nos arredores da Times Square, quando uma camareira entrou e foi atacada sexualmente por um homem nu, por volta do meio-dia.
Um dos advogados de Strauss-Kahn, Benjamin Brafman, ridicularizou, ontem, em audiência no Tribunal Penal de Nova Iorque, as "incoerências" da versão apresentada pela acusação sobre o que teria ocorrido. Testes de DNA servirão como provas do caso.
Imagens do circuito interno do hotel apresentadas na audiência mostram um Strauss-Kahn "bastante apressado" ao deixar o hotel. A juíza Melissa Jackson rejeitou o pedido do pagamento de fiança e manteve Strauss-Kahn preso, alegando possibilidade de fuga do réu.