Strauss-Khan é colocado sob controle judicial
Ex-dirigente do FMI foi colocado sob controle judicial e proibido de falar com a imprensa
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Os juízes de instrução pediram para que o ex-chefe do FMI depositasse um cheque-caução de 100 mil euros. "Após sua audiência, Dominique Strauss-Kahn foi proibido de entrar em contato com os acusados, as partes civis, as testemunhas e qualquer veículo de imprensa relacionado aos objetos do procedimento", informou o procurador.
Strauss-Kahn se declarou inocente. "Não sou culpado de nenhum desses atos e jamais tinha a ideia de que as mulheres com as quais me encontrei eram prostitutas", declarou através de um dos advogados, Richard Malka.
O interrogatório do ex-chefe do FMI começou à tarde e terminou no início da noite dessa segunda-feira. O ex-ministro socialista saiu de carro do palácio de Justiça de Lille pouco depois das 22h locais (17h de Brasília).
Os advogados de Dominique Strauss-Kahn anunciaram nessa segunda-feira a intenção de apelar à decisão de acusar formalmente seu cliente. "Vamos solicitar a anulação desta decisão", declarou Henri Leclerc, um dos representantes do dirigente.
"Ninguém pode compreender a noção de proxenetismo aplicada à situação. É ainda mais inverossímil e contrário ao sentido comum o uso das noções de grupo organizado ou de rede para uma simples atividade libertina", disse Malka.
Há um mês, ao final de dois dias de prisão para investigação, Strauss-Kahn recebeu uma convocação dos juízes, no sentido de que podiam acusá-lo de cumplicidade com proxenetismo agravado em grupo organizado e ocultamento de abuso de bens sociais.