Sunak lidera corrida para suceder ao premiê britânico, Boris Johnson

Sunak lidera corrida para suceder ao premiê britânico, Boris Johnson

Resultado será anunciado no dia 5 de setembro, após uma votação por correio dos membros do Partido Conservador

AFP

Rishi Sunak é um dos candidatos para suceder Boris Johnson

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O ex-ministro das Finanças Rishi Sunak voltou a liderar a corrida para suceder ao primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, após uma segunda rodada de votação para diminuir o número de candidatos para chefiar o Partido Conservador do país.

Sunak, de 42 anos, recebeu 101 votos, novamente à frente da secretária de Estado do Comércio, Penny Mordaunt, com 83 votos, e da chefe da diplomacia, Liz Truss, com 64.

Com 27 votos, a procuradora-geral do Estado, Suella Braverman, foi eliminada, enquanto o ex-ministro da Igualdade Kemi Badenoch e o deputado Tom Tugendhat permanecem na disputa, com 49 e 32 votos, respectivamente.

Há outras votações agendadas para a próxima semana. O objetivo é que restem dois finalistas, antes do recesso parlamentar em 21 de julho. O resultado será anunciado em 5 de setembro, após uma votação por correio dos membros do Partido Conservador.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, renunciou em 7 de julho, encurralado por uma série de escândalos e depois que vários ministros de seu governo deixaram seus cargos, incluindo Rishi Sunak.

As pesquisas sugerem que Mordaunt pode vencer Sunak, Truss e os outros dois candidatos restantes na disputa, quando, após o processo de eliminação, os militantes votam entre dois candidatos. Mas essa reservista do Exército, que ocupa um cargo de secretária de Comércio de menor escalão que outros candidatos, é alvo de críticas de seus rivais.

Segundo uma pesquisa da Savanta ComRes, apenas 11% dos britânicos são capazes de mencioná-la quando veem seu rosto. Alguns chegam a confundi-la com a cantora Adele, ainda que sua popularidade esteja subindo, conforme outra enquete, feita pelo YouGov.

O jornal "Daily Mail" criticou-a por suas contradições em torno da questão trans, dizendo que, como ministra da Igualdade, ela apoiou as pessoas trans e, em seguida, assumiu uma postura mais conservadora sobre o assunto ao lançar sua campanha esta semana, de acordo com uma fonte próxima a Truss citada pelo mesmo veículo.

Outros adversários políticos batizaram-na de "Part-time Penny", alegando que ela não levava seus deveres a sério, expressão usada para se referir a ela como uma funcionária em "tempo parcial". Um dos ataques mais duros foi do ex-ministro do Brexit David Frost, que serviu como seu superior nas negociações. "Senti que ela não dominava as questões nas negociações" com Bruxelas sobre a Irlanda do Norte, disse ele.

O ex-ministro da Economia também não está isento de polêmica, desde que foi revelado o "status" fiscal especial de sua esposa. Esta categoria permitia-lhe não declarar sua renda no exterior ao Tesouro britânico.


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