Suriname diz que vai garantir segurança dos brasileiros

Suriname diz que vai garantir segurança dos brasileiros

Governo quer evitar novo ataque

Conflito em Albina deixou rastro de destruição na cidade

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A ministra interina dos Negócios Estrangeiros no Suriname, Jane Aarland, disse ao governo brasileiro que as autoridades do país estão empenhadas em garantir a segurança dos brasileiros que estão lá. A informação foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores neste domingo. O secretário-geral do ministério, Antonio Patriota, conversou com Jane na noite de sábado.

A cidade de Albina, que fica a 150 km da capital do Suriname, Paramaribo, foi destruída após ataque de quilombolas a brasileiros que exploravam ouro em garimpos do Suriname. Ainda não há números oficiais de mortos e feridos. Um padre que está em Albina informou que há pelo menos sete mortos e cerca de 150 feridos. Depois do ataque, os brasileiros foram retirados da cidade e abrigados em dois hotéis da capital.

O ministério confirmou ainda que a cônsul-geral do Brasil na Guiana Francesa – país vizinho ao Suriname - Ana Lélia Beltrame, saiu neste domingo da capital e foi até a região de Saint-Laurent, próximo à fronteira com Albina (Suriname).

Brasileiro sobrevive e conta o que viu

Em Saint-Laurent a cônsul-geral encontrou nove brasileiros feridos, entre eles a grávida que perdeu o bebê durante os ataques. Segundo a assessoria do ministério, a brasileira estava grávida de três meses e perdeu o filho em um aborto natural. Ela tinha ferimentos nas mãos e nos braços. Ana Lélia disse que as vítimas afirmaram que não havia armas de fogo no ataque, mas paus e facas.

Na manhã deste domingo, o embaixador brasileiro no Suriname, José Luiz Machado e Costa, também partiu para a região da Albina para avaliar a situação no local. O embaixador brasileiro está acompanhado pelo número três da diplomacia do Suriname, Robby Ralakhan, e é escoltado por três carros de segurança do país.

O ataque teria sido uma retaliação à morte de um morador local. Um brasileiro teria assassinado a faca um quilombola após uma discussão e fugido para a Guiana Francesa, mas o embaixador do Brasil em Paramaribo, capital do Suriname, José Luiz Machado e Costa, informa que ele está sob custódia da polícia do Suriname.

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