Terremoto na Turquia não afeta os principais aeroportos do país

Terremoto na Turquia não afeta os principais aeroportos do país

Destinos mais procurados ficam distantes da região atingida pelos tremores

AE

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O terremoto de magnitude 7,8 registrado na Turquia e na Síria nesta segunda-feira foi o mais letal dos últimos 20 anos na região e destruiu mais de 2 mil edifícios nos dois países, em uma região marcada por guerras, crise migratória e problemas econômicos. A gravidade da catástrofe levou o aeroporto de Adana, cidade turca localizada a cerca de 220 quilômetros a oeste do epicentro do terremoto, a ser fechado, de acordo com a agência de notícias Demiroren. Os voos para a região estão com atrasos de até 8 horas, segundo relatos na imprensa turca.

No entanto, os voos para os aeroportos principais do país, como Istambul e Ancara, não foram afetados nem cancelados. Agências de viagens brasileiras informaram que os destinos mais procurados na Turquia ficam distantes da região atingida pelo terremoto e relataram que as viagens estão mantidas até o momento.

O terremoto inicial aconteceu próximo da cidade de Gaziantep, no centro-sul da Turquia, e foi tão forte quanto o terremoto de 1939, considerado o mais forte registrado na Turquia. A cidade fica perto da fronteira com a Síria e a uma distância considerável dos centros turísticos da Turquia. Fica a 823 km a leste de Antália e a 1.139 km a sudeste do porto de Istambul.

Segundo as equipes de resgate, centenas de pessoas ainda estão presas sob os escombros e destroços em cidades e vilas em toda a área do sudeste turco. Mais de 2,8 mil prédios desabaram com o tremor e a região foi destruída. Conforme a plataforma de rastreador de voos FlightAware, os voos do mundo todo para a Turquia não foram afetados ao longo desta segunda-feira. A maioria tem como destino os lugares turísticos e as maiores cidades do país, distantes do epicentro.

Entre os destinos mais procurados por brasileiros na Turquia, estão Istambul e Ancara, no norte, a região da Capadócia, no centro do país, e Bodrum, na costa do Mar Egeu. "As viagens marcadas para estas regiões estão mantidas até o momento. Estamos acompanhando a situação e até agora não houve mudanças ou comunicados das companhias aéreas locais", informou a agência de viagens Viagem Express.

O Hotel Urbano, que também tem pacotes para o país, informou que não há viagens marcadas para a Turquia neste mês, mas que viagens no período de março a novembro continuam com os pacotes disponíveis para Istambul. "A empresa reforça que acompanhará as condições locais e prestará o auxílio necessário aos seus viajantes nos meses subsequentes", disse em nota. A EGP Viagens afirmou que os voos serão mantidos, mas que os clientes podem adiá-lo sem ônus devido à situação delicada do país.

O que as autoridades dizem?

As autoridades brasileiras se pronunciaram ao longo desta segunda-feira para prestar solidariedade às vítimas do terremoto e que planejam ajuda humanitária ao país. Não há notícias de brasileiros mortos ou feridos até o momento. As embaixadas do Brasil em Ancara e Damasco, bem como o consulado-geral do Brasil em Istambul, estão acompanhando os desenvolvimentos na região, em regime de plantão.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se solidarizou com as vítimas. "Olhamos com preocupação para as notícias vindas da Turquia e Síria, após terremoto de grande magnitude. O Brasil manifesta sua solidariedade com os povos dos dois países, com as famílias das vítimas e todos que perderam suas casas nessa tragédia", escreveu o presidente no Twitter.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que houve uma "destruição pesada" em cidades da região atingida pelo epicentro. "Não sabemos para onde pode ir o número de mortos e feridos", declarou.

Destruição

Em média, há menos de 20 terremotos acima de 7,0 de magnitude em qualquer ano, tornando o evento de segunda-feira severo. Comparado com o terremoto de 6,2 graus no centro da Itália em 2016, que matou cerca de 300 pessoas, o terremoto na Turquia e Síria liberou 250 vezes mais energia, de acordo com Joanna Faure Walker, chefe do Instituto de Redução de Riscos e Desastres da University College London.

Apenas dois dos terremotos mais mortais de 2013 a 2022 tiveram a mesma magnitude do terremoto de segunda-feira. Ao The New York Times, Januka Attanayake, sismólogo da Universidade de Melbourne, na Austrália, disse que a energia liberada pelo tremor desta segunda foi equivalente a 32 petajoules, uma quantidade suficiente para abastecer a cidade de Nova York por mais de quatro dias. 


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