Testes positivos de Covid-19 saltam de 7% para 15% no Brasil

Testes positivos de Covid-19 saltam de 7% para 15% no Brasil

Minas Gerais está liderando a alta de infecções no país

AE

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Mais pessoas testaram positivo para Covid-19 em agosto no Brasil, mostra uma análise do Instituto Todos pela Saúde (ITpS). A taxa de positividade dos testes dobrou em relação à de julho, passando de 7% para 15,3%. No dia 17, o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de contaminação pela nova variante Éris, que já é dominante nos Estados Unidos. De acordo com a pasta, a vacinação em dia continua sendo o principal método de combate ao vírus.

Segundo o ITpS, os porcentuais mais elevados de positividade são observados nas faixas etárias de 49 a 59 anos (21,4%) e acima de 80 anos (20,9%). As análises têm como base dados de 1.196.275 de diagnósticos moleculares feitos entre 14 de agosto de 2022 e 19 de agosto de 2023 pelos laboratórios Dasa, DB Molecular, Fleury, Hospital Israelita Albert Einstein, Hilab, HLAGyn e Sabin.

Dos Estados analisados, os que apresentam as maiores taxas de positividade para a doença são Minas Gerais (21,4%) e Goiás (20,4%). Em seguida, estão Distrito Federal (19,5%), Paraná (15,7%), São Paulo (14,1%) e Mato Grosso (13,6%). "O maior crescimento de resultados positivos no mês de agosto foi observado em Goiás, de 8% para 20%", afirma o instituto.

O primeiro caso da nova variante do coronavírus, Éris, foi confirmado no dia 17, em São Paulo, mas especialistas acreditam que ela já estava circulando no País antes. Ela provavelmente não havia sido detectada antes por causa do baixo índice de testagens pelos laboratórios.

Registros da doença, que teve seu pico até 2021, continuam a ocorrer. A atriz Tatá Werneck decidiu se internar na Clínica São Vicente, na zona sul do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira, após ser diagnosticada com Covid-19. No último domingo, 27, ela celebrou seu aniversário de 40 anos com uma festa em sua mansão que contou com atrações como Sandy e É o Tchan, além da presença de diversas celebridades. Tatá explicou que tomou todas as doses da vacina contra a Covid-19 e que preferiu ficar no hospital para se manter longe de sua filha Clara Maria, de 3 anos.

De acordo com a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, apesar do alerta da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a circulação da subvariante, não há indicação para recomendar o uso de máscara para toda a população. Segundo ela, a pasta monitora e avalia as evidências científicas mais atuais em níveis internacionais e o cenário epidemiológico da Covid-19. A recomendação continua sendo que a população mantenha a vacinação em dia. "No atual contexto, as orientações continuam as mesmas. A vacinação é a melhor medida de combate à Covid-19, com a atualização das doses de reforço para prevenção da doença, sobretudo para os grupos de risco, idosos e crianças. É tomar a dose adicional, preferencialmente as vacinas polivalentes, que o ministério colocou à disposição da população", afirma Ethel.

Segundo dados do "vacinômetro" do Ministério da Saúde, menos da metade dos brasileiros tomou dose de reforço da vacina contra Covid-19 até ontem. Dos cerca de 214 milhões de brasileiros, só 105 milhões compareceram aos postos de saúde para reforçar a imunização contra a doença.

Em julho, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo emitiu alerta dizendo que menos de 20% dos adultos que residem na capital tomaram a nova dose bivalente, versão mais potente do imunizante. A pasta promoveu campanhas em terminais do Metrô e da CPTM para tentar aumentar a adesão.

Desde o fim da emergência, decretado pela OMS em maio deste ano, ainda se mantém a recomendação para que os grupos de maior risco de agravamento pela doença continuem a seguir as medidas de prevenção e controle não farmacológicas, incluindo o uso de máscaras em locais fechados, mal ventilados ou aglomerações, além do isolamento de pacientes infectados com o vírus SARS-CoV-2. O mesmo vale para qualquer pessoa que apresentar sintomas gripais. "Também está disponível gratuitamente em toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS) o antiviral nirmatrelvir/ritonavir para ser utilizado no tratamento da infecção pelo vírus logo que os sintomas aparecerem e houver confirmação de teste positivo", afirma a pasta.


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