Tiroteio em escola do Colorado, nos Estados Unidos, deixa oito feridos

Tiroteio em escola do Colorado, nos Estados Unidos, deixa oito feridos

Autoridades detiveram dois suspeitos

AFP

Funcionária destacou que policiais ainda estão vasculhando a escola

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Um tiroteio em uma escola do Colorado, no oeste dos Estados Unidos, deixou oito feridos nesta terça-feira, segundo as autoridades, que detiveram dois suspeitos. O tiroteio ocorreu na escola STEM, localizada a 13 km de Columbine, no Colorado, onde há 20 anos dois estudantes mataram 13 pessoas Os dois suspeito -um maior de idade e outro menor- foram detidos pelo xerife do condado de Douglas.

"Sabemos que dois indivíduos ingressaram na escola STEM e se separaram para atacar os estudantes em dois dos lugares distintos", explicou o xerife Tony Spurlock à imprensa. "Temos oito estudantes que estão em hospitais da área neste momento. Vários deles estão em estado crítico", continuou o xerife, garantindo que todos tinham idades a partir "dos 15 anos". "Não tenho informação específica sobre todos eles. Não posso dizer se são homens, mulheres". Spurlock destacou que suspeita que os detidos, que "não estão feridos", eram também alunos da escola. "Estamos trabalhando com a promotoria para obter ordens de busca para las casas dos suspeitos e um veículo" que está no estacionamento da escola. "Não temos mais suspeitos", destacou o xerife.

A escola STEM, que tem 1.850 alunos e atende desde o ensino infantil até o secundário, e está localizada em Highlands Ranch. Segundo o jornal Denver Post, que cita fontes do Littleton Adventist Hospital, quatro dos cinco pacientes que deram entrada no local estão em estado "grave".

A escola foi evacuada com as crianças saindo em fila indiana e com as mãos na cabeça, enquanto policiais de elite - fortemente armados - vasculhavam o local. Dezenas de ambulâncias, caminhões de bombeiros, carros de polícia e helicópteros foram mobilizados após o tiroteio. Christian Paulson, estudante da escola, disse à filial do canal ABC em Denver que escutou as crianças gritando e correndo. "Fiquei atônito. Seria real ou mentira?'. Fui atrás deles e corri com toda a minha energia, fiquei sem fôlego". Rocco Dechalk disse ao Canal 9 de Denver que ajudou um "adolescente que tomou um tiro nas costas".

"Estava falando, parecia bem" antes de ser levado por uma ambulância. Brian Jones, mãe de um aluno do segundo grau, saiu correndo do trabalho quando soube do tiroteio. "Estou com os nervos a flor da pele", disse ao Denver Post, pouco antes de encontrar o filho. "Havia muitos pais e alunos chorando".

O xerife estabeleceu um ponto de encontro entre pais e alunos. O massacre de Columbine, o primeiro deste tipo nos EUA na era moderna, foi seguido por tiroteios escolares ainda mais sangrentos: em abril de 2007 na Virginia Tech, em Blacksburg, com 32 mortos; em dezembro de 2012, na Sandy Hook Elementary School, em Newton, Connecticut, com 20 crianças entre 6 e 7 anos mortas; e em fevereiro de 2018, na Marjory Stoneman Douglas High School, em Parkland, Flórida, com 17 óbitos. Apesar da violência ligada às armas de fogo nos EUA, que deixou mais de 40 mil mortos em 2017, os esforços para endurecer os controles têm enfrentado fortes barreiras em nível federal. 

 


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