Tomada de reféns no Mali termina com 12 mortos
Comando armado invadiu o hotel Le Byblos de Sevare
publicidade
Na sexta-feira, por volta das 7h (local e GMT), o comando armado invadiu o hotel Le Byblos de Sevare, onde se hospeda parte do pessoal da Minusma, a Missão da ONU no Mali, além de expatriados, segundo o governo. De acordo com uma das fontes militares, pelo menos cinco estrangeiros – três sul-africanos, um francês e um ucraniano – estavam registrados no hotel antes do ataque. O ucraniano conseguiu escapar ainda na sexta-feira à tarde e relatou que três sul-africanos e um russo expatriados estavam com ele. Também revelou haver "quatro ou cinco terroristas" no hotel no momento da sua fuga.
Desde o início do ataque, as forças malinesas isolaram a área para tentar neutralizar o comando, o que foi possível na madrugada. A operação foi conduzida pelas forças especiais a partir das 23h de sexta-feira, da qual também participaram soldados estrangeiros. A 12 km de Mopti (capital regional), Sevare é uma cidade estratégica, onde está localizado o mais importante aeroporto da região, utilizado pelo exército do Mali e a operação francês no Sahel Barkhane, bem como pela missão da ONU no Mali (Minusma).
Segundo a Minusma, o comando armado havia atacado primeiramente uma "base militar malinesa" em Sevare e, repelidos pelas forças de segurança, "se esconderam no hotel". A região de Mopti está localizada no norte do país, onde vários estrangeiros foram sequestrados e que caiu em março de 2012 nas mãos de grupos extremistas ligados à Al-Qaeda. Os jihadistas foram expulsos e se dispersaram em janeiro de 2013.
Os 12 mortos foram "cinco Fama (membros das Forças Armadas do Mali), cinco terroristas e dois homens brancos", cujas identidades e nacionalidades estavam sendo verificadas, indicou uma fonte militar. Segundo ela, entre "os dois brancos, há uma cujo corpo permaneceu durante muito em frente ao hotel, visível desde a sexta-feira de manhã".