Três amigos de Berlusconi são presos por contratar prostitutas
Advogados dos três condenados anunciaram que vão recorrer da decisão
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Já a ex-conselheira regional Nicole Minetti foi condenada a cinco anos pelos mesmos crimes. Fede e Mora também estão impedidos de ocupar qualquer cargo ou função em escolas e instituições públicas ou privadas ligadas a menores. A proibição imposta a Nicole de exercer qualquer cargo público foi reduzida a cinco anos, porque ela não esteve diretamente ligada ao recrutamento da jovem marroquina Karima el Mahroug, conhecida como Ruby.
Os advogados dos três condenados anunciaram que vão recorrer da decisão. "Meu cliente foi tratado como um criminoso, mas ele é só mais uma vítima", declarou o advogado de Fede, que foi durante anos diretor de um canal de notícias da rede de televisão de Berlusconi.
Nicole quebrou seu silêncio nesta semana ao dar uma entrevista para a revista italiana Vanity Fair, na qual se declarou inocente das acusações de lenocínio (crime contra os costumes) e garantiu que estava apaixonada por Berlusconi na época. "Ela acredita que a pena é dura, mas está satisfeita porque o tribunal reconheceu que não cometeu certos crimes", disse seu advogado.
Segundo o procurador Pietro Forno, Berlusconi promovia verdadeiras "orgias". Os juízes pediram que a promotoria investigue se Berlusconi, seus advogados e 30 meninas, incluindo várias da América Latina, incorreram em falso testemunho durante o julgamento.
A sentença contra os três acusados foi pronunciada quase um mês depois de outro tribunal de Milão condenar Berlusconi pelo caso Ruby. O procurador comparou os condenados a "bons degustadores" que selecionavam meninas e que, graças a esse trabalho, obtinham vantagens financeiras de Berlusconi, "pois conheciam todos os seus segredos" sobre suas festas em sua mansão em Arcore.
Segundo os promotores, as jovens que frequentavam Arcore eram "loucas pelo dinheiro, queriam tirar vantagens econômicas e subir na carreira, e estavam dispostas a fazer sexo" para alcançar isso.