Tragédia afetou 2 milhões de pessoas, diz Bachelet
Presidente do Chile descartou socorro internacional imediato
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Conforme Bachelet, ainda não é possível quantificar exatamente os prejuízos causados pelo abalo sísmico. A chefe de Estado também informou, na noite de sábado, que a expectativa é que os efeitos do terremoto sejam levantados em um período entre 48 e 72 horas. "As forças da natureza bateram duramente em nossa pátria e mais uma vez põem a toda prova nossa capacidade para enfrentar as adversidades e nos colocarmos de pé", declarou a governante em mensagem transmitida ao vivo por todos os canais de televisão e de rádio do país.
Segundo Bachelet, o Chile tem neste momento os recursos necessários para enfrentar as consequências do terremoto e não precisa de socorro internacional imediato. As imagens das televisões chilenas mostram janelas quebradas, telhados e calçadas destruídas em Santiago. O metrô também está fechado e centenas de ônibus ficaram presos no terminal por causa da destruição de uma ponte, informou o ministério das Telecomunicações e Transporte. O ministério pede que os chilenos usem o telefone somente quando for absolutamente necessário.
A capital Santiago teve sua comunicação comprometida por causa do sismo. As pessoas usaram redes sociais como Twitter, Facebook e Orkut para transmitir notícias. Diversos pontos da cidade estavam sem luz, como informou uma gaúcha que está em Santiago. Outra teve que passar o dia contabilizando as perdas. O aeroporto ficará fechado até às 9h de segunda-feira e voos de Tam e Gol, partindo do Brasil, foram cancelados.
Duas mortes na Argentina
Mais de 60 tremores secundários - acima de 5 graus na escala Richter - aconteceram depois do que provocou a tragédia. Na Argentina, duas pessoas perderam a vida devido ao fenômeno. As mortes aconteceram nas províncias de Salta e Jujuy, locais dos sismos. Uma parede caiu em cima de uma criança de oito anos e um homem de 59 anos faleceu com o desmoronamento da casa onde vivia.
Alerta de tsunamis no Pacífico
Além dos estragos no Chile e na Argentina, o terremoto provocou alerta de tsunamis no Oceano Pacífico, desde o país da América do Sul à Austrália, a milhares de quilômetros do epicentro do abalo sísmico. Na rota de destruição,nas ilhas Robinson Crusoé, a 700 quilômetros da costa chilena, pelo menos cinco pessoas morreram, em função das ondas gigantes que assolaram o lugar.
O Havaí emitiu alerta às 6h pelo horário local e só cancelou o aviso durante a tarde. O governo mandou evacuar as regiões costeiras, o aeroporto foi fechado e o Pentágono ordenou que seus navios fossem para alto mar, onde os efeitos são menores. No entanto, a prevenção não passou de susto. Além de um aumento anormal da maré, as ondas não causaram estragos.
Na Nova Zelândia, as ondas não chegaram a crescer como o previsto, mas a Defesa Civil passou o dia em alerta. Na mesma situação, estão as autoridades japonesas, que procuram se prevenir em caso de tsunami. As ondas deslocam-se a uma velocidade superior a 900 km/h no oceano. Em 1960, outro terremoto no Chile causou a morte de 160 pessoas no Japão, por isso a preocupação dos orientais.