Trem com corpos de vítimas do voo MH17 parte para a Holanda

Trem com corpos de vítimas do voo MH17 parte para a Holanda

Caixas-pretas do avião também estão no trem

AFP

Trem com caixas-pretas e corpos das vítimas do voo MH17 partiu para a Holanda

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O trem refrigerado com os restos de passageiros do avião derrubado no leste da Ucrânia saiu nesta segunda-feira da área da tragédia enquanto aumentavam as pressões sobre Moscou.

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O trem que transportava os restos de 280 ocupantes do avião foi autorizado a deixar na tarde desta segunda a estação de Torez, na região rebelde pró-russa do leste da Ucrânia, informou uma testemunha à AFP.

Durante a noite o comboio estava em Donetsk, de onde devia se dirigir a Kharkov, cidade sob controle do governo ucraniano, com uma delegação malaia que recebeu dos rebeldes pró-russos as duas caixas-pretas do avião derrubado.

"Decidimos entregar as caixas-pretas aos especialistas malaios", declarou o "primeiro-ministro" da autoproclamada República Popular de Donetsk (DNR), Alexandre Borodai, para cerca de 150 jornalistas reunidos na madrugada desta terça na sede das autoridades rebeldes.

Os líderes separatistas mostraram aos jornalistas dois objetos de cor laranja, que pareciam ser as caixas-pretas, e os especialistas malaios assinaram um protocolo.

Um especialista malaio agradeceu à República de Donetsk pela entrega das caixas-pretas, que são propriedade da Malásia".

"Vejo que as caixas-pretas estão intactas e apresentam apenas alterações menores", disse.

As caixas-pretas, que trazem as comunicações a bordo e os dados técnicos do voo, não são capazes de revelar a origem do míssil que provavelmente derrubou o avião, que estava a 10 mil metros de altitude.

O movimento separatista também anunciou uma trégua na zona onde o avião foi derrubado, na quinta-feira passada, envolvendo um raio de 10 km em torno dos destroços do Boeing da Malaysia Airlines, para facilitar as investigações.

O presidente Petro Poroshenko também já havia ordenado que suas tropas interrompessem as operações em um raio de 40 km ao redor do local da queda.

A pausa nas hostilidades atende à exigência de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU aprovada nesta segunda o que condenou "nos termos mais firmes possíveis" o ataque à aeronave e exigiu que os culpados sejam responsabilizados.

A resolução pede ainda "a todos os países e protagonistas na região", incluindo a Rússia, colaboração plena "com uma investigação internacional completa, minuciosa e independente".

A votação no Conselho ocorreu na presença do ministro holandês das Relações Exteriores, Frans Timmermans, e de seus colegas australiano e luxemburguês, Julie Bishop e Jean Asselborn. A Holanda perdeu 193 cidadãos e a Austrália 27 nesta tragédia que causou 298 mortes no total.

Contudo, o texto não indica nenhuma sanção ou ameaça de sanção aos envolvidos no caso.





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