Tribunal Constitucional espanhol examina recurso do governo contra Puigdemont

Tribunal Constitucional espanhol examina recurso do governo contra Puigdemont

Doze magistrados analisam pedido, que pode suspender posse

AFP

Tribunal Constitucional espanhol examina recurso do governo contra Puigdemont

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O Tribunal Constitucional espanhol examinava neste sábado o recurso apresentado pelo governo contra a nomeação de Carles Puigdemont como candidato à presidência regional da Catalunha, antes da votação de posse de terça-feira no parlamento catalão.

A reunião dos 12 magistrados começou às 13h (10h em Brasília) e continuava durante a tarde (hora local), após uma interrupção para o almoço, indicaram fontes judiciais. O objetivo da reunião é decidir se o Tribunal aceita a apresentação do recurso, para examinar posteriormente o fundo da questão.

Se a mais alta instância judicial aceitar o recurso de impugnação, a sessão de posse será automaticamente suspensa. Os juízes terão, em teoria, cinco meses para dar sua decisão final. O Conselho de Estado, órgão consultor do governo, deu um aviso desfavorável à apresentação desse recurso de urgência, mas o Executivo presidido por Mariano Rajoy o apresentou mesmo assim.

Carles Puigdemont, em exílio voluntário em Bruxelas desde o fim de outubro, e que é alvo de uma ordem de prisão, é o único candidato para presidir a Catalunha. A lista presidida por Puigdemont é a que tem a princípio os votos assegurados para a posse, após as eleições regionais de 21 de dezembro na Catalunha. Mas Madri estima que sua posse seria "ilegítima" devido ao caso pendente ante os tribunais, por rebelião e sedição.

Segundo o Conselho de Estado, o recurso não deveria ser admitido pelo Tribunal Constitucional visto que não pode ser suspensa uma eleição que ainda não ocorreu. Se a sessão de posse de terça-feira for suspensa, o personagem-chave passará a ser o novo presidente do parlamento catalão, Roger Torrent, da formação independentista Esquerra Republicana de Cataluña (ERC). Puigdemont foi destituído, junto com todo o seu governo, após a proclamação de independência de Catalunha, em 27 de outubro.

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