Tripulantes de submarino argentino tiveram morte imediata em explosão, diz relatório dos EUA
San Juan está desaparecido desde 15 de novembro
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"Ainda que a tripulação possa ter ficado sabendo que o colapso era iminente, nunca souberam o que estava ocorrendo. Não se afogaram e nem experimentaram a dor. A morte foi instantânea", disse o autor do informe, o analista acústico Bruce Rule.
A Marinha dos Estados Unidos elaborou o relatório a partir do sinal acústico detectado no dia do desaparecimento do submarino pela Organização do Tratado de Proibição de Ensaios Nuclearas. O informe concluiu que o San Juan afundou em uma velocidade de 10 a 13 nós - cerca de 18 a 24 quilômetros por hora.
O investigador conclui, ainda, que o submarino foi completamente destruído em aproximadamente 40 milésimos de segundo - tempo que representa "a metade do tempo mínimo exigido para o reconhecimento cognitivo de um evento". O relatório explica ainda que "a energia liberada pela explosão foi produzida pela conversão quase imediata da pressão do mar em energia cinética", em um movimento de água que entrou no casco a uma velocidade aproximada de 1800 milhas por hora (2,9 mil quilômetros por hora).
O submarino estava retornando no Ushuaia, em 11 de novembro, e retornaria para Mar del Plata, onde era sua base. Em sua última comunicação, tripulantes informaram que água havia entrado pelo sistema de ventilação, provocando um princípio de incêndio na casa de baterias.
Foram semanas de buscas, com apoio de diversos países, até a Argentina admitir que não há mais chances de encontrar sobreviventes. Mas a Marina ainda segue as buscas pela embarcação.