Tropas russas "esgotam" Exército ucraniano, afirma ministro da Defesa de Putin

Tropas russas "esgotam" Exército ucraniano, afirma ministro da Defesa de Putin

Sergei Shoigu esteve em um posto de comando no leste da Ucrânia realizando uma inspeção

AFP

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O ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, afirmou que seu Exército está esgotando as forças ucranianas, durante inspeção de um posto de comando realizada no leste da Ucrânia, informou seu ministério nesta quarta-feira (25).

"A situação atual mostra que o inimigo tem cada vez menos oportunidades. E elas continuarão se reduzindo, graças aos seus excepcionais esforços de combate", declarou Shoigu aos soldados da região de Donetsk, segundo o Ministério da Defesa, que não divulgou a data dessa viagem.

O comunicado do ministério também afirma que um militar não identificado disse a Shoigu que as forças ucranianas estão "em pânico". "Conhecemos todas as suas abordagens, seus movimentos e suas saídas. Vamos vencê-los", acrescentou.

Forçados a uma série de retiradas do norte, nordeste e sul da Ucrânia em 2022, o Exército russo se concentrou na fortificação das linhas defensivas e, desde junho, resiste aos esforços ucranianos para libertar os territórios ocupados.

A Ucrânia anunciou que, na noite de ontem e na manhã desta quarta, foi alvo de novos ataques com drones e bombardeios russos que deixaram pelo menos um morto.

Ao amanhecer, um ataque aéreo atingiu uma casa em um bairro residencial de Beryslav, na região de Kherson (sul), matando um homem de 42 anos, segundo o governador regional, Oleksandre Produkine.

A inspeção de Shoigu, a primeira desde agosto, ocorre em um momento, no qual Moscou tenta sua própria ofensiva e pretende conquistar a cidade industrial de Avdiivka, na região de Donetsk. Kiev diz impedir os ataques, infligindo graves perdas aos russos há pelo menos 15 dias.

Com o apoio de países ocidentais, a Ucrânia lançou em junho, por sua vez, uma contraofensiva no leste e no sul, mas até agora produziu apenas resultados limitados. Desde novembro de 2022 e a liberação da cidade de Kherson (sul), a linha da frente, com mais de mil quilômetros de extensão, quase não se moveu.

Kiev diz que precisa de mais munições de longo alcance para poder destruir a retaguarda e a logística russas. As armas estão sendo entregues aos poucos.

 


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