Trump admite que filho se reuniu com russos para obter informações de rival
Presidente norte-americano disse que procedimento é considerado legal
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"Esse encontro foi para adquirir informações sobre um oponente, totalmente legal e acontece o tempo todo na política - e não deu em nada. Eu não sabia disso!". O Washington Post relatou neste domingo que Trump tem refletido se seu filho, involuntariamente, colocou-se em risco legal por se reunir com Veselnitskaya. A reunião da Trump Tower foi organizada pelo produtor musical britânico Rob Goldstone, que disse a Donald Jr. que tinha "informação que incriminaria Hillary Clinton e seu tratamento com a Rússia e que seria muito útil para seu pai". "Adoro", respondeu o filho do presidente republicano, segundo o Washington Post.
A reunião passou por um intenso escrutínio do procurador especial Robert Mueller, que está investigando se membros da campanha de Trump se aliaram a esforços da Rússia para interferir nas eleições de 2016 a favor dos republicanos. Trump classificou a reportagem de uma "mentira completa". Donald Jr. inicialmente disse em uma declaração ao The New York Times em julho de 2017 que a reunião era "principalmente" sobre a adoção de crianças russas por americanos. O Post informou que a declaração foi ditada pelo presidente.
O filho do presidente admitiu mais tarde que aceitou a reunião com Veselnitskaya, esperando obter informações que prejudicariam Clinton, mas assegurou que não conseguiu nada. Os advogados de Trump argumentam que a reunião, por si só, não violou nenhuma lei.
"A pergunta é: como pode chegar a ser ilegal?", declarou um dos advogados do presidente, Jay Sekulow, à rede ABC. "Que lei, estatuto, regra ou regulação foi violada?" As notícias sobre a reunião, à qual também assistiu o genro de Trump, Jared Kushner, e o principal funcionário de campanha do magnata republicano, Paul Manafort, começaram a se difundir em julho de 2017.