Trump ameaça fechar a fronteira com o México
Presidente americano está descontente com o fluxo de imigração vindo da América Central
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Segundo o presidente americano, "os ataques ao nosso país na fronteira Sul, incluindo a entrada de criminosos e de drogas, é muito mais importante para mim, como presidente, do que o comércio ou o USMCA. Espero que o México pare com essa investida na fronteira", acrescentou.....In addition to stopping all payments to these countries, which seem to have almost no control over their population, I must, in the strongest of terms, ask Mexico to stop this onslaught - and if unable to do so I will call up the U.S. Military and CLOSE OUR SOUTHERN BORDER!.. — Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 18 de outubro de 2018
Os comentários de Trump acontecem num momento em que o secretário de Estado, Mike Pompeo, está se preparando para visitar o Panamá nesta quinta-feira e o México na sexta.
A ameaça também é feita a menos de três semanas das eleições de meio mandato, nas quais os republicanos correm o risco de perder a maioria no Congresso. "Vejo o ataque liderado pelo Partido Democrata (porque querem fronteiras abertas e as fracas leis existentes) contra o nosso país frente a Guatemala, Honduras e El Salvador, cujos líderes fazem pouco para acabar com este grande fluxo de pessoas, incluindo muitos criminosos", disseTrump.
Nesta terça-feira, o presidente americano ameaçou os líderes de Honduras, Guatemala e El Salvador em acabar com a ajuda financeira que Washington lhes concede, se não pararem os imigrantes hondurenhos que tentam chegar aos Estados Unidos.
Trump também ressaltou que a questão migratória é muito mais importante para ele como presidente do que o novo acordo entre os Estados Unidos, México e Canadá (USMCA, em inglês, AEUMC, em espanhol). Milhares de hondurenhos partiram no sábado de San Pedro Sula, no norte de Honduras, após uma convocação feita pelas redes sociais.
As autoridades guatemaltecas não têm registro dos hondurenhos que cruzaram a fronteira nesta caravana, mas cerca de 3 mil imigrantes foram acolhidos num abrigo gerido pela Pastoral dos Migrantes da Igreja Católica. Neste contexto, os chanceleres e vice-chanceleres de Honduras, Guatemala e El Salvador se reuniram na quarta-feira em Tegucigalpa para discutir a crise de imigração, com a participação de um enviado especial do presidente eleito do México, Manuel Lopez Obrador.