Trump diz que governo planeja "cidades de barracas" para os migrantes

Trump diz que governo planeja "cidades de barracas" para os migrantes

Presidente afirmou que EUA não irá gastar milhões de dólares com os centro-americanos que chegam ao país

AFP

Anúncio de Trump é feito no momento em que milhares de imigrantes avançam para os EUA

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Donald Trump afirmou na segunda-feira que seu governo planeja construir "cidades de barracas" para alojar milhares de migrantes centro-americanos que caminham pelo território mexicano rumo aos Estados Unidos. O presidente disse que a medida, que coincide com o anúncio do Pentágono sobre o envio de 5,2 mil militares para aumentar a proteção na fronteira com o México, servirá para desestimular outros eventuais migrantes que desejam entrar no território americano.

"Se eles pedirem asilo, nós vamos retê-los pelo tempo necessário para o julgamento acontecer. Nós vamos retê-los, nós vamos construir cidades de barracas, nós vamos construir barracas em todos os lados", afirmou em uma entrevista ao canal Fox News. "Nós não vamos construir estruturas e gastar todas essas centenas de milhões de dólares. Nós vamos ter barracas, elas serão muito boas, e eles vão esperar, e se eles não receberem asilo vão embora", completou.

Trump disse que as solicitações de asilo, um processo complexo e que leva tempo, não costumam prosperar. "O problema é que são liberados (no território americano) e quando acontece o julgamento, três anos depois, não aparecem". "Mas, ao contrário de (seu antecessor Barack) Obama e ao contrário de outros, vamos reter as pessoas e elas vão esperar", disse. "Quando as pessoas entenderem os que está acontecendo, teremos menos pessoas vindo".

O anúncio de Trump foi feito no momento em que um grupo de milhares de migrantes, que avança há mais de duas semanas a partir de Honduras com o objetivo de chegar aos Estados Unidos, se encontra no estado mexicano de Oaxaca, Sul do país.

• ONU estima que caravana rumo aos EUA tenha mais de 7,2 mil imigrantes

De acordo com as autoridades fronteira americanas, o grupo tem quase 3,5 mil pessoas, entre Oaxaca e Chiapas. Mais 3 mil pessoas estão na fronteira entre Guatemala e México.

Na reta final da campanha das eleições legislativas de 6 de novembro, Trump aproveita a caravana de migrantes centro-americanos, que chama de "invasão", para agitar sua retórica anti-imigração entre os eleitores.

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