Trump visita Flórida após passagem do Irma

Trump visita Flórida após passagem do Irma

Presidente americano estava acompanhado pela sua esposa Melania e pelo vice-presidente Mike Pence

AFP

Presidente americano estava acompanhado pela sua esposa Melania e pelo vice-presidente Mike Pence

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O presidente Donald Trump visitou a Flórida nesta quinta-feira, estado castigado pela tempestade tropical Irma e de luto após a morte de oito moradores de um lar para idosos. Com esses novos óbitos, sobe para 20 o número de mortos - direta, ou indiretamente - pela passagem de Irma. Nas ilhas caribenhas, a tempestade deixou pelo menos 41 vítimas letais, sendo dez em Cuba.

O episódio expõe a urgência de se restaurar o abastecimento de energia para milhões de pessoas nesse estado do sul dos Estados Unidos. Este ponto foi reafirmado hoje por Trump. "Vimos a devastação e infelizmente continuaremos vendo", admitiu em sua chegada a Fort Myers, na costa oeste da Flórida, a zona mais atingida pela tempestade. Trump depois sobrevoou em um helicóptero as áreas inundadas e com moradias danificadas em Naples, um elegante balneário seriamente afetado por Irma.

Acompanhado por sua esposa Melania e pelo vice-presidente Mike Pence, o mandatário recorreu algumas ruas da cidade acenando aos moradores em sua passagem e tirando selfies com eles. Junto com voluntários participou depois da distribuição de mantimentos.

"O mais duro é não ter nem água, nem eletricidade e não saber quando voltará", disse Stasia Walsh, uma septuagenária de Naples cuja casa foi gravemente afetada. A visita acontece enquanto os moradores evacuados da Flórida antes da chegada de Irma lutam por voltar a suas casas, com dezenas de milhares de trabalhadores técnicos correndo contra o tempo para devolver a eletricidade a milhões de usuários.

"Há mais eletricistas neste estado, acho, do que que jamais se acumulou em qualquer parte do mundo", disse o mandatário. "Estão avançando muito mais rápido que o planejado, muito mais", afirmou.

Retirada no lar de idosos

O governador da Flórida, Rick Scott, disse estar "absolutamente arrasado" ao saber da morte dos residentes de um lar para idosos em Hollywood, no norte de Miami. Três dos mortos tinham mais de 90 anos, e a vítima mais jovem, 70, segundo as autoridades. Os outros 115 idosos foram hospitalizados, alguns com desidratação, ou problemas respiratórios. Agora, com a melhora no tempo e o céu se abrindo, a Flórida sofre com a alta umidade e uma temperatura de mais de 30°C.

Scott exigiu "respostas sobre como essa tragédia aconteceu" e pediu que os serviços de emergência "verifiquem imediatamente se os lares para idosos e os estabelecimentos de vida assistida são capazes de garantir a segurança de seus moradores".

Residentes da Flórida que atenderam às convocações de evacuação antes da chegada da tempestade enfrentavam grandes engarrafamentos para voltar, após passarem dias em abrigos, ou na casa de amigos, ou de familiares. Por causa do Irma, que tocou o solo no domingo nos Keys da Flórida como furacão categoria 4, mais de seis milhões de pessoas foram retiradas.

Pelo menos 25% das casas nos Keys foram destruídas, segundo a Fema, que também apontou que 65% das construções sofreram algum dano nessas ilhas com cerca de 70 mil habitantes. A atividade econômica se recupera aos poucos. O tráfego no aeroporto de Fort Lauderdale registrava nesta quinta-feira "um mínimo de atrasos", enquanto o de Miami devia retornar a seu ritmo normal até o fim de semana.

Macron no Caribe

No Caribe, o presidente francês, Emmanuel Macron, viajou na quarta-feira para St. Barts, após visitar St. Martin, ambos territórios ultramarinos da França. Macron foi defender a ação de seu governo diante da tragédia e prometeu mais recursos para garantir um "rápido retorno à normalidade" para essas duas ilhas arrasadas pelo Irma na semana passada. França, Grã-Bretanha e Holanda foram criticados pela gestão em seus territórios caribenhos, sobretudo, diante da magnitude da destruição.

Habitantes das ilhas se queixam de problemas de segurança e da escassez de comida e de água, assim como da falta de energia elétrica. Nessa quarta, o ministro britânico das Relações Exteriores, Boris Johnson, visitou as Ilhas Virgens britânicas e Anguila e também destacou o "compromisso absoluto" com seus cidadãos.

Já o rei da Holanda, Willem-Alexander, esteve no lado holandês de St. Martin, ilha compartilhada com a França. A temporada de furacões não terminou. O furacão Max se aproximava nesta quinta-feira da costa do México no Pacífico, com ventos de 120 km/h, segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês).

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