Twitter suspende 986 contas de autoridades chinesas

Twitter suspende 986 contas de autoridades chinesas

Rede social também desativou sete páginas, três grupos e cinco perfis

AE

Rede social também desativou sete páginas, três grupos e cinco perfis

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O Twitter suspendeu, nesta segunda-feira, cerca de 986 contas vinculadas a autoridades chinesas que publicaram conteúdo na rede social para desacreditar e dividir os manifestantes antigoverno de Hong Kong. Segundo comunicado da plataforma, a China utilizou cerca de mil contas para desmobilizar os atos no território sob seu comando, que já duram mais de dois meses.

De acordo com o texto do Twitter, as contas canceladas "estão coordenadas no marco de uma operação respaldada pelo Estado" chinês para "minar a legitimidade e as posições políticas" dos manifestantes. "Identificamos amplos conjuntos de contas que se comportavam de forma coordenada a fim de amplificar as mensagens sobre as manifestações em Hong Kong", diz o texto. Um funcionário do Twitter disse anonimamente à agência Associated Press que a atividade das contas chinesas foi entregue ao FBI para investigações posteriores. O órgão também foi responsável por investigar atividades do governo da Rússia, acusado de interferir na eleição presidencial americana de 2016, por meio das redes sociais.

Segundo o funcionário, o Twitter atribuiu a campanha contra manifestantes em Hong Kong a duas contas falsas chinesas e outras britânicas que fingiam ser veículos de imprensa com sede no território. Os manifestantes eram descritos como criminosos violentos, em uma campanha com o objetivo de mudar a opinião pública ao redor do mundo. Também foram identificadas contas no Facebook com os mesmos objetivos, mas em menor número. A rede social também anunciou que desativou sete páginas, três grupos e cinco perfis em sua plataforma pelos mesmos motivos, por estarem "vinculados a indivíduos associados ao governo de Pequim". Tanto o Facebook quanto o Twitter são proibidos na China continental. 


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