Ucrânia alerta para "consequências devastadoras" em caso de divergências sobre adesão à UE

Ucrânia alerta para "consequências devastadoras" em caso de divergências sobre adesão à UE

Chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, fez um apelo e defendeu a unidade do bloco

AFP

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O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitro Kuleba, advertiu nesta segunda-feira a comunidade internacional para as "consequências devastadoras" caso a União Europeia (UE) não alcance um consenso sobre a abertura de negociações para a adesão do país ao bloco, no âmbito de um processo de ampliação.

"Não quero nem falar sobre as consequências devastadoras que ocorrerão se o Conselho Europeu (a reunião de cúpula prevista para esta semana) não tomar uma decisão, não apenas para a Ucrânia, mas também para a ampliação", afirmou Kuleba ao chegar a Bruxelas para uma reunião de seus homólogos da UE.

A UE concedeu, em junho de 2022, à Ucrânia o status formal de país aspirante à adesão e apresentou um plano inicial de reformas para permitir o avanço das negociações. Kiev afirma que cumpriu a maioria das demandas.

"Como já afirmamos, nós fizemos a nossa parte no trabalho. Esperamos que a UE faça a sua parte", disse Kuleba, ao comentar as divisões entre os 27 países membros antes do encontro de cúpula do bloco, que acontecerá na quinta-feira e sexta-feira.

A reunião terá como principal tema a ampliação do bloco, em particular a resposta às pressões da Ucrânia para iniciar as negociações formais para a adesão. O primeiro-ministro de Hungria, Viktor Orban, ameaça bloquear a discussão por considerar que a UE precisa, antes, iniciar um "debate estratégico" sobre as relações com a Ucrânia e somente depois tomar uma decisão sobre uma eventual adesão.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, fez um apelo e defendeu a unidade do bloco. "Espero que a unidade da União Europeia não seja quebrada, porque não é o momento de enfraquecer nosso apoio à Ucrânia", disse.


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