Ucrânia chama de "pressão psicológica" exercícios militares de Rússia

Ucrânia chama de "pressão psicológica" exercícios militares de Rússia

Presidente ucraniano comentou que os riscos de conflito existem desde 2014, período em que os russos anexaram a Crimeia

AFP

publicidade

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, chamou nesta quinta-feira (10) de "pressão psicológica" a concentração de soldados russos nas fronteiras de seu país, no dia do início das manobras militares da Rússia com Belarus.

"Consideramos que o acúmulo de tropas perto de nossas fronteiras é um meio de pressão psicológica da parte de nossos vizinhos", afirmou Zelensky em um comunicado divulgado pela presidência. "Não há nada de novo aqui. Quanto aos riscos, existem e nunca cessaram desde 2014", completou, ao citar o ano em que a Rússia anexou a Crimeia e em que teve início um conflito com os separatistas apoiados por Moscou no leste da Ucrânia.

O ministério da Defesa da Rússia anunciou que os exercícios militares prosseguirão até 20 de fevereiro em cinco campos militares, quatro bases aéreas e "vários pontos" de Belarus, particularmente na região de Brest, na fronteira com a Ucrânia. A Rússia concentrou mais de 100 mil soldados nas fronteiras com a Ucrânia desde novembro.

O exército ucraniano iniciou esta semana exercícios em todo o território do país, incluindo o uso de drones de combates turcos e mísseis antitanques fornecidos por Reino Unido e Estados Unidos.

A vice-ministra ucraniana da Defesa, Ganna Malyar, afirmou na quarta-feira que as tropas russas concentradas nas fronteiras não estavam preparadas para uma iminente invasão a seu país, mas servem à Rússia como ferramenta de "pressão política e chantagem".

O ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, considerou as manobras militares entre Rússia e Belarus perto da fronteira com a Ucrânia "um gesto de grande violência".


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895