Ucranianos foram levados à Rússia "contra vontade própria", dizem EUA

Ucranianos foram levados à Rússia "contra vontade própria", dizem EUA

Governo da Ucrânia afirma que 1,2 milhão de pessoas foram confinadas em campos do lado russo da fronteira

AFP

Milhões de ucranianos foram forçados a deixar suas casas desde o início da guerra

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Os Estados Unidos têm indícios de que os russos estão expulsando ucranianos de seu país à força e os mandando para a Rússia, afirmou nesta segunda-feira (9) o porta-voz do Pentágono, John Kirby.

"Não posso dizer quantos campos há nem como são", disse aos jornalistas. "Mas temos indícios de que os ucranianos estão sendo levados à Rússia contra vontade própria", acrescentou.

O governo ucraniano garante que 1,2 milhão de pessoas foram deportadas para a Rússia e confinadas em campos desde o início da guerra.

O comportamento da Rússia é "inadmissível" e "não é próprio de uma potência responsável", ressaltou Kirby, para quem o presidente russo, Vladimir Putin, "não aceita, nem respeita a soberania da Ucrânia".

Uma funcionária do governo ucraniano, Liudmila Denisova, citada pelo centro de comunicação oficial Spravdi, afirmou: "Mais de 1,19 milhão de nossos cidadãos, entre eles mais de 200 mil crianças, foram deportados para a Federação da Rússia".

Ela se absteve de classificar essas deportações como limpeza étnica e utilizou o termo "brutalidade russa".

"Por 75 dias, [a Rússia] brutalizou a Ucrânia e o povo ucraniano", declarou. "E cada vez que pensamos que não podem ser mais baixos, mostram que nos equivocamos", completou.


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