UE atribui o surto de E.coli a sementes importadas do Egito

UE atribui o surto de E.coli a sementes importadas do Egito

Lote de 15 toneladas foi comprado em 2009 pela Alemanha

AFP

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Um lote de sementes de feno-grego importadas do Egito em 2009 é o vínculo mais provável entre as intoxicações pela bactéria E.coli na França e Alemanha, anunciou nesta terça-feira a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA). O feno-grego (alforva ou trigonela) é muito utilizado na cozinha asiática ou com objetivos medicinais.

Segundo uma fonte europeia, a EFSA pediu à Comissão Europeia que adote as medidas necessárias para evitar novos contágios e é possível que ainda nesta terça-feira a União Europeia (UE) retire as sementes procedentes desse lote. Em reação imediata, a UE decidiu proibir temporariamente a importação das sementes do Egito e retirar de venda o lote considerado o vetor mais provável das recentes intoxicações pela E.coli na Alemanha e França.

A EFSA já havia mencionado a pista egípcia em um comunicado publicado em 29 de junho. No entanto, o Ministério da Agricultura egípcio negou, em 1º de julho, a responsabilidade das sementes de feno-grego produzidas no Egito.

O feno-grego é uma planta de folhas ovaladas e cujas sementes são utilizadas na alimentação por serem muito ricas em fósforo e magnésio. Também pode ser usada como erva medicinal e como fertilizante nos cultivos biológicos. O lote em questão, de 15 toneladas, foi importado em 2009 na Alemanha e depois redistribuído em outros países, principalmente a França. Os especialistas dos Estados membros da UE se reuniram nesta terça-feira em Bruxelas para discutir as medidas tomar com base nas recomendações da EFSA, segundo uma fonte europeia.

Este lote é portador da cepa O104:H4 da bactéria E.coli entero-hemorrágica (Eceh). Até agora, a intoxicação provada por esta cepa custou a vida de 48 pessoas na Alemanha e uma na Suécia. Uma segunda epidemia afeta a França, onde dez pessoas foram intoxicadas pela bactéria Eceh na cidade de Bordeaux (sudoeste). A investigação de rastreamento realizada pela Direção do Consumo do ministério francês mostrou que as sementes germinadas consumidas eram feno-grego, mostarda e rúcula.

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