UE "lamenta profundamente" retirada anunciada dos EUA de pacto climático

UE "lamenta profundamente" retirada anunciada dos EUA de pacto climático

Acordo de Paris firmado com 28 países visa limitar o aquecimento global

AFP

No início de junho, o presidente americano Donald Trump causou polêmica anunciando a retirada do seu país do pacto climático

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A União Europeia expressou nesta segunda-feira sua insatisfação com a decisão do presidente americano Donald Trump de se retirar do Acordo de Paris sobre o clima, enquanto que confirmou o compromisso dos 28 com este pacto global que visa limitar o aquecimento global.

"O Conselho (da UE) lamenta profundamente a decisão unilateral do governo americano de retirar-se do Acordo de Paris", afirmam os ministros das Relações Exteriores do bloco em Luxemburgo. No início de junho, Trump causou consternação com o anúncio da retirada do seu país do acordo climático, concluído em dezembro de 2015 em Paris, que visa limitar o aumento da temperatura global "abaixo de 2°C" no que diz respeito a era pré-industrial.

A UE foi rápida em reagir com uma aproximação da China, um dos maiores emissores de gases do efeito estufa ao lado dos Estados Unidos. Além disso, os líderes europeus devem se pronunciar sobre o assunto em sua primeira cúpula desde o anúncio, no final desta semana.

A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, já ressaltou a "linguagem muito forte" usada pelos países europeus nas suas conclusões sobre este acordo "ambicioso" que, em sua opinião, "é uma questão de segurança para muitas pessoas" na África ou no Caribe, entre outros. "O Acordo de Paris nos uniu em tempos muito difíceis. Este é um acordo sem precedentes multilateral entre cerca de 200 partes, (...) para resolver um problema que ameaça a todos nós", destacam as conclusões.

Os 28 aproveitaram a oportunidade para reafirmar seu compromisso "para liderar a luta global contra as alterações climáticas" e, a este respeito, ressaltaram que vão se esforçar em busca de "novos aliados" como "empresas, regiões, cidades" no mundo e "nos Estados Unidos".

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, denunciou na semana passada a "renúncia" de Trump na luta contra as mudanças climáticas ante um Parlamento Europeu que criticou a decisão de Washington.

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