Um ano após ataque, Charlie Hebdo terá capa com deus assassino
Edição especial de aniversário de atentado vai circular na quarta-feira
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O número terá uma tiragem de quase um milhão de exemplares, e vários deles serão enviados para diferentes países. Entre os colaboradores externos, estão a ministra francesa da Cultura, Fleur Pellerin; atrizes, como Isabelle Adjani, Charlotte Gainsbourg e Juliette Binoche; intelectuais, como Élisabeth Badinter, a bengalesa Taslima Nasreen e o americano Russell Banks; e o músico Ibrahim Maalouf.
O cartunista Riss, atual diretor do veículo, gravemente ferido na carnificina que deixou 12 mortos, assina um editoral com uma ferrenha defesa da laicidade e denuncia os "fanáticos alienados pelo Alcorão" e "devotos de outras religiões" que queriam a morte da publicação por "ousar rir do religioso".
Apesar da sobrevivência do Charlie, “sentimo-nos numa solidão gritante. Queríamos que outros fizessem sátira”, comenta o chargista Eric Portheault. “Ninguém se juntou a nós neste combate porque é perigoso. As pessoas podem morrer”.
"As convicções dos ateus e dos laicos podem mover mais montanhas do que a fé dos crentes", escreve. Hoje, o semanário tem tiragem de cerca de 100.000 exemplares em bancas e, destes, pelo menos 10.000 são distribuídos no exterior. A revista conta com 183.000 assinantes.