Um mês após terremoto no Nepal, sobreviventes tentam refazer suas vidas

Um mês após terremoto no Nepal, sobreviventes tentam refazer suas vidas

Mais de 8.600 pessoas morreram após o sismo principal

AFP

Um mês após terremoto no Nepal, sobreviventes tentam refazer suas vidas

publicidade

Mais de 8.600 pessoas morreram após o terremoto principal de magnitude 7,8 ocorrido em 25 de abril, que foi seguido por um tremor violento em 12 de maio. Quase meio milhão de casas foram destruídas. A avalanche destruiu o acesso ao circuito de trekking de Langtang, que empregava centenas de moradores. O vale, conhecido por sua beleza, tornou-se um cemitério e a aldeia de Langtang ficou soterrada por pedras e gelo. Lama e outros cidadãos se juntaram para remover os escombros em busca de sobreviventes e vítimas. Mais de 500 pessoas das aldeias vizinhas tiveram de ser evacuadas. 

O coordenador humanitário da ONU para o Nepal, Jamie McGoldrick, advertiu que o tempo está contado para entregar a ajuda aos sobreviventes antes da chegada das monções. Especialistas temem que a destruição de culturas, sistemas de irrigação e a morte de animais possa causar um aumento nos preços dos alimentos.

"Com a chegada das monções, é provável que as cadeias de abastecimento sejam quebradas devido aos deslizamentos de terra", informou em seu blog o Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD). De acordo com Chandan Sapkota, economista do BAD no Nepal, o crescimento pode cair para 3,8%, ante os 5,2% em 2014, devido à queda na produção agrícola e as chegadas de turistas mais baixos.

O Nepal, onde o orçamento anual é de 6,4 bilhões de dólares, precisará receber assistência por um longo tempo, estima McGoldrick. Para sobreviventes como Lama, esta ajuda é crucial. "Somos todos uma só voz, queremos voltar para nossa aldeia. Mas não temos mais nada e não podemos fazer a sozinhos nossa própria reconstrução", explica.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895