Unesco pede medidas de emergência para salvar Machu Picchu

Unesco pede medidas de emergência para salvar Machu Picchu

Missão do órgão fez avaliação do sítio arqueológico no Peru

AFP

Unesco pede medidas de emergência para salvar Machu Picchu

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Uma missão da Agência das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) mostrou-se preocupada após uma avaliação da preservação do sítio arqueológico de Machu Picchu, no Peru. O órgão  recomendou medidas de emergência contra a expansão desordenada do povoado de Aguas Calientes, que ameaça a cidadela inca, e a construção de uma via alternativa até o santuário.

O povoado de Águas Calientes, situado na parte baixa do complexo arqueológico, se tornou uma ameaça para o sítio por seu crescimento desordenado em número de habitantes, hotéis, restaurantes e comércio informal. O objetivo da visita da missão, celebrada entre segunda e quarta-feira, foi o de "colaborar" com as autoridades e encontrar a melhor solução para a conservação de Machu Picchu, destacou a Unesco.

Sobre a zona de amortecimento, ameaçada com a construção de uma estrada alternativa de acesso ao santuário, a missão recomendaouà Unidade de Gestão do Santuário Histórico de Machu Picchu (UGM) o aporte de especialistas em geodinâmica, infraestrutura hidráulica e de comunicação para fazer uma avaliação técnica. As autoridades regionais devem estabelecer políticas que impulsionem um crescimento ordenado da economia nesta zona de amortecimento e não esperar que se torne uma "Águas Calientes II", destacou a missão.

Também se recomendou ao governo peruano a criação de um painel internacional de assessores e técnicos que execute os planos de conservação de Machu Picchu. O Ministério da Cultura informou que a Unesco descartou, em seu relatório, que exista algum alerta ou sinal de alerta que ponha em risco a infraestrutura do complexo arqueológico.

No entanto, o ministério destacou que a missão apresentou o relatório preliminar às autoridades da UGM e também recomendou "tomar medidas de emergência rigorosas" diante do crescimento desordenado do povoado de Águas Calientes. Os especialistas da Unesco divulgarão um primeiro relatório de avaliação da conservação de Machu Picchu dentro de duas semanas e terão pronto o relatório final dentro de sete meses, pois reuniram muitos documentos que ainda precisam analisar, segundo a agência oficial Andina.


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