Unesco vota duas polêmicas resoluções sobre territórios palestinos

Unesco vota duas polêmicas resoluções sobre territórios palestinos

Propostas criticam a gestão, por parte de Israel, de disputa dos sítios religiosos

AFP

Propostas criticam a gestão, por parte de Israel, dos sítios religiosos disputados com os palestinos

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A Unesco, a agência cultural da ONU, vota nesta terça-feira duas polêmicas resoluções sobre os territórios palestinos ocupados, que, segundo Israel, ignoram os vínculos judeus com dois importantes lugares religiosos em Jerusalém Oriental.

Israel anunciou na semana passada a suspensão de sua cooperação com a Unesco depois que, em uma primeira votação, essas resoluções propostas por sete países árabes foram adotadas. Os projetos de resolução serão alvo de nova votação nesta terça no Conselho executivo da Unesco e talvez adotadas de forma definitiva.

Estas resoluções se referem à "Palestina ocupada" e criticam a gestão, por parte de Israel, dos sítios religiosos disputados com os palestinos. Israel considera, além disso, que a forma com que a Unesco denomina estes sítios são uma negação do vínculo milenar entre judeus e Jerusalém. 

Jerusalém Oriental é a parte palestina de Jerusalém ocupada desde 1967 por Israel, e anexada posteriormente, e que os palestinos querem que seja a capital de seu futuro Estado.

É onde se encontra a ultrassensível Esplanada das Mesquitas, terceiro local santo do Islã, e o lugar mais sagrado para os judeus, que chamam de Monte do Templo. Nesse ponto, foi erguido o segundo templo judeu destruído pelos romanos no 70. A Unesco faz referência a essa área apenas como Esplanada das Mesquitas, o que incomoda Israel.

Israel também critica que se designe por seu nome árabe, Al Buraq, que os israelenses chamam de Muro das Lamentações.


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