União Europeia aprova plano de 2 bilhões de euros para fornecer munição à Ucrânia

União Europeia aprova plano de 2 bilhões de euros para fornecer munição à Ucrânia

Representante do órgão, Josep Borrell ressaltou a urgência de se chegar ao acordo que irá entregar um milhão de munições de 155 mm

AFP

Chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell ressaltou importância do acordo para bloco continuar ajudando Ucrânia

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Países da União Europeia (UE), reunidos em Bruxelas nesta segunda-feira (20), chegaram a um acordo para desbloquear 2 bilhões de euros (R$ 11 bilhões) para fornecer o enorme volume de munição solicitado pela Ucrânia e aumentar a produção no bloco. Os ministros aprovaram um plano de três etapas para entregar um milhão de munições de 155 mm à Ucrânia, restaurar estoques estratégicos nacionais e expandir a capacidade de produção da indústria de defesa do bloco, de acordo com diplomatas de cinco países.

O governo ucraniano já havia alertado repetidamente que suas tropas devem racionar seu poder de fogo, em um momento marcado pelo desgaste da guerra.

Fontes diplomáticas indicam que a Ucrânia precisa de cerca de 350 mil projéteis por mês para conseguir conter o avanço russo e planejar contraofensivas ainda este ano. No entanto, os países da UE estão com arsenais muito baixos, o que fez soar um alerta no bloco. Os ministros europeus, portanto, discutiram estratégias para montar e abastecer a Ucrânia com um milhão de projéteis nos próximos 12 meses e repor as reservas estratégicas do bloco.

Ao chegar ao encontro, o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, ressaltou a necessidade urgente de se chegar a um acordo. "Caso contrário, teremos dificuldades para continuar fornecendo armas à Ucrânia", disse o diplomata espanhol. A ministra das Relações Exteriores da França, Catherine Colonna, por sua vez, analisou que a ajuda à Ucrânia precisa ser "mais rápida e imediata".

No plano firmado pelos ministros em Bruxelas, a primeira fase visa fornecer 1 bilhão de euros (em torno de R$ 5,6 bilhões) em fundos compartilhados, para que os países do bloco encontrem projéteis em suas reservas que possam ser rapidamente enviados à Ucrânia. Na fase seguinte, um pacote de mais 1 bilhão de euros será utilizado para fazer compras conjuntas de projéteis de 155 mm.

Já a terceira etapa visa ampliar a capacidade de produção das empresas europeias de defesa, a fim de abastecer a Ucrânia e repor as reservas nacionais. Os países da UE já haviam anunciado um amplo apoio militar de 12 bilhões de euros (aproximadamente R$ 67 bilhões) à Ucrânia, incluindo 3,6 bilhões de euros já utilizados do Fundo Europeu de Apoio à Paz (FEAP).

A discussão está agora centrada no papel da Agência Europeia de Defesa (EDA) e na prioridade que deve ser dada às produtoras europeias. A intenção dos diplomatas é conseguir fazer os primeiros envios de projéteis para a Ucrânia em maio e assinar os contratos conjuntos no início de setembro.

 


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