Unionistas vencem eleição na Irlanda do Norte
DUP, que defende a permanência na Grã-Bretanha, obteve maioria no Parlamento
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A partir de agora, os dois principais partidos políticos norte-irlandeses terão três semanas para alcançar um acordo de coalizão. Mas os analistas preveem o fracasso das negociações, o que aproximaria a suspensão da autonomia e um governo da região a partir de Londres, algo que não acontece há 10 anos.
Neste caso, o ministro britânico para a Irlanda do Norte, James Brokenshire, suspenderia a autonomia para administrar a província como durante os "troubles", ou os anos de desordem, como são conhecidas as três décadas de conflito que terminaram com o acordo de paz. O Partido Unionista e o republicano Sinn Fein integravam o governo, mas em janeiro o vice-primeiro-ministro regional e integrante do Sinn Fein Martin McGuinness abandonou a coalizão afirmando que não podia continuar trabalhando com a primeira-ministra Arlene Foster, do DUP.
McGuinness renunciou sob suspeitas de corrupção em torno de um programa para promover a calefação não poluente que teve um sobrecusto milionário e que foi elaborado por Foster quando era ministra da Economia regional. O escândalo de corrupção se somou ao ambiente ruim criado pelo Brexit e atingiu em cheio o governo de união entre protestantes pró-britânicos e católicos pró-irlandeses, resultado dos Acordos de Paz da Sexta-Feira Santa de 1998 que acabaram com décadas de violência religiosa.