Uruguai começará a vender maconha em farmácias na quarta-feira
Cronograma para liberação ao público foi o ponto mais controverso e complexo da lei
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O cronograma para a venda de maconha ao público em farmácias foi o ponto mais conflitivo e complexo dessa lei, apresentada e aprovada durante o mandato do ex-presidente de esquerda José Mujica (2010-2015) como estratégia de luta contra o narcotráfico. A legislação habilita três vias para ter acesso à cannabis: cultivo em lares, cultivo cooperativo em clubes e venda em farmácias de maconha produzida por empresas privadas controladas pelo Estado.
Segundo meios locais, uma das principais redes de farmácias do Uruguai, San Roque, teria desistido de se juntar ao registro oficial de locais que venderão maconha regulada pelo Estado ao considerar que o processo foi "desleixado". O IRCCA contabiliza, desde que se iniciou o processo de inscrição em 2 de maio, cerca de 4.700 pessoas registradas para comprar maconha. A população do Uruguai é de 3,4 milhões de habitantes. Os farmacêuticos estão céticos em relação à rentabilidade do negócio. Cada pessoa inscrita tem direito a comprar 40 gramas mensais, a 1,30 dólar a grama.