Vacinadores contra a pólio são assassinados no Paquistão

Vacinadores contra a pólio são assassinados no Paquistão

País concentra 85% dos casos da doença registrados no mundo em 2014

AFP

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As autoridades do Paquistão decidiram suspender temporariamente a campanha contra a pólio após o assassinato de quatro vacinadores nesta quarta-feira no sudeste do país. O massacre ocorreu em um subúrbio de Quetta, a capital da província do Baluchistão, e foi cometido por homens armados que se deslocavam de moto e atacaram um grupo de sete vacinadores, disse Akbar Durrani, o ministro provincial do Interior. Quatro vacinadores, um homem e três mulheres, morreram e três mulheres ficaram feridas. Com as quatro vítimas desta quarta-feira, o balanço dos trabalhadores antipólio assassinados no Paquistão nos últimos dois anos é de 65. O Paquistão concentra 85% dos casos de pólio registrados no mundo em 2014.

A campanha contra os vacinadores é obra principalmente dos talibãs e dos imãs, que nutrem a onda de rumores sobre a vacina. Alguns sustentam que contém substâncias provenientes do porco e, portanto, não pode ser inoculada aos muçulmanos, e outros que causa esterilidade, com o objetivo de reduzir a população do país.

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