Venezuela convida UE como observadora das eleições presidenciais

Venezuela convida UE como observadora das eleições presidenciais

Lista de convidados inclui ainda entidades como Centro Carter, Nações Unidas, Comunidade do Caribe, Brics e União Africana

AFP

Informação foi confirmada pelo presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso

publicidade

A autoridade eleitoral venezuelana informou, nesta quinta-feira (7), que convidou a União Europeia como observadora das eleições presidenciais de 28 de julho, nas quais o presidente Nicolás Maduro deve tentar a reeleição. Os membros do bloco foram convidados a participar "como observadores eleitorais, desde que cumpram os requisitos e a normativa constitucional e legal estabelecida", disse o presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso, em uma declaração à imprensa.

A lista de convidados também inclui o Centro Carter, as Nações Unidas, a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), os Brics, a Comunidade do Caribe (Caricom), a União Interamericana de Organismos Eleitorais (Uiores) e a União Africana. Faltam menos de cinco meses para as eleições presidenciais. Segundo especialistas, o prazo dificultaria uma missão de observação do bloco, que ainda não se pronunciou sobre o assunto.

A participação europeia faz parte do acordo assinado pelo governo e pela oposição, em outubro passado em Barbados, parte do mecanismo de diálogo mediado pela Noruega. Uma missão da UE foi enviada nas últimas eleições, em 2021, quando foram escolhidos prefeitos e governadores.

Veja Também

Durante o período, foram identificadas melhorias no sistema de votação, mas também irregularidades, como o uso de recursos públicos na campanha, a "arbitrária" suspensão de candidatos e a instalação de postos de controle do partido do governo nos centros de votação. A presença da UE no país terminou abruptamente, depois de Maduro rotular os observadores como "inimigos" e "espiões". Maduro aparece como o candidato natural do chavismo.

Enquanto isso, crescem as dúvidas sobre a candidata da oposição, já que María Corina Machado, vencedora das primárias da principal coalizão opositora, foi inabilitada de exercer cargos públicos por 15 anos. O prazo para registro de candidaturas foi estabelecido entre 21 e 25 de março.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895