Wall Street tem maior perda semanal desde a crise de 2008
Dow Jones caiu cer 375 pontos nesta sexta em meio ao mal-estar dos investidores
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A semana terminou de forma "terrível" para o mercado de ações dos Estados Unidos, em meio à propagação do novo coronavírus. Os três principais índices registraram as piores quedas semanais desde a crise financeira, à medida que aumentam os temores de coronavírus. As ações passaram quase o dia todo em território negativo, com exceção de um breve salto mais alto no Nasdaq Composite. As expectativas do mercado de que o Federal Reserve interviriam para interromper a venda e impulsionar a economia dispararam após o fim da semana dramática.
A Dow Jones Industrial Average fechou em 357 pontos – queda de 1,4% – em seu sétimo dia no vermelho. O índice caiu quase 1.086 pontos, durante o dia. Na semana, despencou 3.583, incluindo a pior queda diária na história, na quinta-feira. Em termos percentuais, a queda de 4,4% na quinta-feira foi o pior desempenho desde fevereiro de 2018. De forma geral, esta é a pior semana desde outubro de 2008, com queda de 12,4%.
O S&P 500 (SPX), a medida mais ampla do mercado de ações, caiu 0,8%, totalizando 11,5% nesta semana, sua pior queda percentual semanal desde outubro de 2008. O selloff cortou 3,2 trilhões de dólares do S&P de segunda até hoje. Já a Nasdaq Composite (COMP) encerrou a sexta com aumento de 0,01% – durante a semana, houve queda de 10,5%.
Fed intervirá se for necessário para apoiar a economia
O presidente do Federal Reserve dos Estados Unidos ( Fed, banco central), Jerome Powell, considerou nesta sexta-feira que os fundamentos da economia de seu país são "sólidos", mas garantiu que o organismo está pronto para intervir se for necessário pela a epidemia de coronavírus. "Os fundamentos da economia dos EUA são sólidos. No entanto, o coronavírus representa um risco crescente para a atividade econômica", disse Powell em comunicado.
No texto, ele também afirmou que a instituição "monitora de perto" a evolução da doença. "Usaremos nossas ferramentas e agiremos adequadamente para sustentar a economia", disse ele, em meio a pedidos da Casa Branca para cortar as taxas de juros.
