Washington segue semi-paralisada pela neve

Washington segue semi-paralisada pela neve

Nevasca atingiu toda a costa leste dos EUA no último final de semana

AFP

Ruas ao redor da Casa Branca foram tomadas por equipamentos para sugar a neve

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A capital federal dos Estados Unidos segue semi-paralisada nesta terça-feira pelo acúmulo de neve, após a tempestade que atingiu toda a costa leste no último final de semana. Em Washington, menos acostumada do que Nova York a invernos rigorosos, escolas e repartições públicas permaneciam fechadas pelo segundo dia consecutivo, enquanto comboios de limpa-neve patrulhavam a cidade para desbloquear as principais avenidas.

Apelidada de "Snowzilla", a tempestade, que atingiu proporções históricas e deixou ao menos 33 mortos, cobriu de neve o leste do país na sexta e no sábado, afetando 85 milhões de pessoas, um quarto da população do país. No domingo, o tempo melhorou e deu uma trégua.

Muitas mortes ocorreram devido a acidentes em estradas e também por paradas cardíacas provocadas pelo esforço para retirar a neve. Outros morreram intoxicados com monóxido de carbono, como em Nova Jersey, onde uma mãe e seu bebê de um ano morreram intoxicados em seu veículo, que teve o escapamento bloqueado pela neve. Os serviços de ônibus e metrô, suspensos desde sexta-feira à noite na capital, eram restabelecidos gradativamente nesta terça-feira.


Depois de um final de semana em que milhares de pessoas foram aos parques para andar de trenó, fazer guerra de bolas de neve e usar esquis, as crianças da Washington tiveram que voltar para a escola nesta terça. Mas muitos americanos preferiram permanecer em casa, especialmente aqueles residentes nos subúrbios, uma vez que muitas ruas ainda não foram limpas da neve.

 A tempestade também interrompeu a coleta de lixo e as entregas dos correios. "Acredito que nunca nevou tanto em Washington", declarou a prefeita, Muriel Bowser, entrevistada pela emissora CNN. "Trabalhamos para limpar todas as ruas", assegurou.

Mais de 11 mil voos foram cancelados durante os três dias de tempestade nos diferentes aeroportos da zona afetada, segundo o site especializado FlightAware. As operações foram retomadas de forma limitada nos aeroportos de Washington Dulles (internacional) e Reagan, um dia depois de começarem a fazer o mesmo em Nova York.

Trabalhos suspensos na Câmara de Representantes

Para os próximos dias, os meteorologistas anunciam temperaturas positivas, mas a neve derretida pode se transformar em gigantes placas de gelo de manhã cedo. Na segunda-feira, as normalmente movimentadas ruas ao redor da Casa Branca foram invadidas pelo balé de caminhões e equipamentos pesados mobilizados para sugar a neve acumulada.

Um enorme limpa-neve vindo de Indiana ainda era aguardado, enquanto um comboio de caminhões que partiu de Connecticut estava a caminho, segundo o diretor de serviços de emergência de Washington, Chris Geldart, citado pelo Washington Post.

Para facilitar as operações, a Câmara dos representantes decidiu não retomar o trabalho esta semana e nenhuma votação será realizada antes de 1º de fevereiro. Em Nova York, onde a neve é mais comum, o retorno à normalidade acontece de forma mais rápida. Os shows cancelados no sábado na Broadway e os museus de Nova York voltaram a abrir as portas no domingo.

A cidade viu este fim de semana a segunda maior nevasca de sua história, com mais de 67 cm de neve no Central Park, contra 56 cm no aeroporto internacional de Washington. Uma proibição de conduzir foi imposta e "com a maioria das ruas vazias, os limpa-neves conseguiram fazer seu trabalho", observou o prefeito da cidade, Bill de Blasio.A prefeitura de Nova York pediu por voluntários, remunerados com 13,5 dólares por hora, para ajudar nas operações de limpeza em grande escala.

Além de Nova York e Washington, New Jersey, Pensilvânia, Maryland e Virginia foram os estados mais afetados.
Algumas localidades registraram recordes históricos de neve, de acordo com o Serviço Nacional de Meteorologia.



                                                                                                                                                                                           Imagens: AFP 


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